Pages

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Fabio Jorge - Chanson Française [2009]


E terminamos 2009 com uma sugestão musical bem inusitada, um cantor brasileiro de música francesa, isso meus caros leitores, tenho o prazer de vos apresentar Fábio Jorge. Fui contactado por seu produtor que me apresentou uma inusitada e feliz surpresa, temos um artista tupiniquim que interpreta produções francesas de qualidade e venho aqui hoje falar um pouco de seu trabalho. Nosso artista nasceu em São Paulo, filho de pai brasileiro e mãe francesa, imaginem que essa mistura resultou em um homem apaixonado pelo cultura francófona, desde criança crescendo sob uma influência musical de qualidade, ouvindo renomados intérpretes nacionais e europeus. Os grandes nomes da música francesa sempre estiveram presentes na sua vida e influenciaram positivamente sua produção artística, o aprendizado do francês veio com a escola e a formação acadêmica, ainda jovem começou sua empreitada pelo mundo da música em pequenas apresentações, após contatos e incentivos, temos sua primeira produção solo. Chanson française é um disco recheado de grandes êxitos da música francesa, Fábio em parceria com Thiago Marques fizeram uma seleção especial de grandes intérpretes e juntamente com outros colaboradores realizaram um trabalho que merece ser ouvido. Os destaques vão para F... comme femme do Salvatore Adamo, uma de minhas preferidas, sendo um dos grandes hits românticos dos anos 60. Outro destaque vai para Emmanuele, canção famosa dos anos 70, tema do polêmico filme que leva seu nome. Ela é delicadamente interpretada pelo Fábio, ficou muito boa. Chanson Française incursiona ainda pela música brasileira que faz a ponte França-Brasil, temos neste disco a saudosa e cinematográfica “Joana Francesa” de autoria do grande Chico Buarque, aqui ela é cantada em dueto com a cantora Célia, da versão francesa de “A Noite do Meu Bem”, clássico maior de Dolores Duran, feita por Pierre Barouh, no final dos anos 60, especialmente para Elis Regina, e de “Vivre”, versão de “Ouça”, de Maysa. A belíssima Dans mon île, do saudoso Henri Salvador também consta nesta produção, sendo apresentada em versão de bossa nova. Les feuilles mortes, originária do filme Les portes de la nuit de 1945 é outro grande título a se conferir e Et maintenant do marcante Gilbert Bécaud. Todas grandes canções, interpretadas de maneira singular pelo Fábio Jorge com sua voz macia e grave, que nos leva por um caminho de melodias agradáveis. Esse Cd me lembra aquelas apresentações mais particulares, para um público cativo e seleto, ele tem cara de algo especial, incomum, feito para um público mais sensível e mais velho consequentemente. Digo isso porque as canções do Fábio tem requinte e temporalidade, elas lembram outra época e são de outra época, apesar de manterem características e arranjos mais atuais. O público jovem, em sua maioria, não digo todos, infelizmente não terá, provavelmente, sensibilidade para admirar esse trabalho, interpretado com o toque particular de um artista que promete. Quer saber mais do Fábio Jorge? http://www.fabiojorge.com.br/, quer adquirir o cd em versão original? Andei conferindo os preços estão muitos bons. Visitem:http://www.fnac.com.br/chanson-francaise-FNAC,,musica-522679-3127.html


PS: Um detalhe que eu não posso deixar passar, o Fábio tem umas particularidades na sua pronuncia que me chamaram a atenção, algumas vezes ele pronuncia o R diferente do que estamos acostumados quando ouvimos o sotaque típico de Paris, porém nada que desqualifique sua pronúncia.
Para baixar o cd clique aqui.

Apresentação do Fábio no Programa do Ronnie Von.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Isabelle Boulay - Chansons pour les mois d'hiver 2009

O mês de dezembro, época do natal é quente e ensolarado para nós brasileiros, mas frio e escuro para os povos que habitam Europa, América do norte e parte da Ásia, não conto os pólos norte e sul porque lá é frio quase sempre rs. Porém, nós, os povos do equador não deixamos o espírito típico dessa época morrer, mas admito que nos países de clima temperado existe sim uma magia diferente, uma essência diferente do sole calor obviamente que traz sentimentos diferenciados à nossa natureza sensitiva. Um dos lugares do mundo que conhece muito bem o inverno é o Canadá, nos direcionamos mais para o leste, indo em direção ao Québec, província de origem francesa que tem inspirado muitos a uma nova perspectiva de vida em terras canadenses.
Em homenagem à estação mais fria do ano, nossa talentosa cantora produziu um disco todo voltado à ela, cantando músicas emocionantes. Realizado por Marc Perusse, esse disco contem 11 canções em sua maioria regravações de hits pouco ou muito conhecidos do grande público, como por exemplo "Patineur" de Julien Clerc, « L’amitié » de Françoise Hardy), « Je reviens chez nous » de Ferland) ou « Hors-saison » do Francis Cabrel. Porém, o caro-chefe do disco, é original e foi escrita por Steve Marin. Adorei a qualidade musical desse disco, profundo, melancólico, triste e alegre aos mesmo tempo, eu diria até reconfortante.
Falando da Isabelle Boulay, visto ser essa a primeira postagem dela aqui no blog, ela é uma das cantoras mais famosas do Québec, nascida em 6 de julho de 1972 na cidade de Sainte-Félicité, ela começou sua carreira oficialmente em 1996, apesar de ter participado de concursos
e festivais através de pequenas apresentações alguns anos atrás. Ela ficou conhecida inicialmente participando de produções como a série de televisão Alys Robi, emprestando a voz para a personagem principal da série, que possuía o mesmo nome da série. Outro momento importante foi a participação na ópera rock, intitulada Starmania, esses eventos popularizaram sua imagem junto ao público quebequense. Em seguida veio seu primeiro disco solo Fallait pas(1996), Alys Robi (produção de Guy Cloutier) consta como primeiro disco, mas não foi uma atuação como Isabelle realmente. Em 2000 ela alcança projeção no mercado francês com o hit, Parle-moi. Isabelle é uma artista talentosa, dona de uma discografia longa, muitos vídeos e participações com grandes intérpretes da música francófona. Esse disco prova isso, músicas emocionantes, melodias marcantes que vão com certeza encantar vossos ouvidos. Isabelle, site oficial: http://isabelleboulay.com


O Download do disco pode ser feito Aqui pessoal, desculpem a demora.



Vídeo da música tema do disco, Chansons pour les mois d'hiver


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Vox Angeli - Gloria 2009

Joyeux Noël à tous mes amis! Com essa saudação em francês começamos as postagens de dezembro, também atrasadas, mas em tempo de alcançá-los. Nossos jovens tenores estão de volta para abrilhantar nosso natal com mais um álbum, intitulado dessa vez, Gloria, lançado em 27 de novembro desse ano esse disco mantem características do disco anterior, visto que Vox Angeli, lançado no início de 2008 não contempla músicas natalinas como fazem Imagine, lançado em novembro de 2008 e Gloria, mais recentemente.
Vale salientar que informações sobre esse disco encontram-se quase que exclusivamente no site oficial, meus auspícios me dizem que é uma medida da gravadora para combater a pirataria ou devido a gravação dos beatles a faixa Let it be, bem protegida pelas leis autorais, mantem o salvo o lucro de nossos artistas e principalmente da gravadora ;-), foi muito difícil conseguir o álbum , visto que em muitos locais os links para os mesmo já foram excluídos, temos de comprar se quisermos ouvir Vox Angeli, no caso do Brasil o disco inexiste aqui, o que nos resta são os downloads free ou pagos, ou comprar uma cópia importada pelos olhos da cara. Sem chance. Em muito lugares apenas algumas faixas estão disponíveis para escuta, estão de marcação serrada, quase não acho o encarte pra postar aqui. Bem, como não posso deixar a música francófona morrer aqui posto mais um álbum, ouvido e re-ouvido.
O que posso dizer do Gloria? Um disco cheio de músicas belíssimas como sempre, cheias de inspiração natalina e das vozes de nossos intérpretes sempre prazerosas de se ouvir. Instrumentos peculiares como piano, celo, violino e arranjos suaves e bem posicionados garantem a satisfação de quem gosta do estilo coral moderno, eles alternam bem canto
os solos e os refrões com todas as vozes. Os destaques vão para a Própria let it be, Noël es enfans du monde, com letra de Jacques Lafont, escrita em 87, Amazing Grace, hino cristão do século XVIII, Les anges dans nos campagnes é outra que merece destaque, conhecido canto francês de Natal. O único problema, a meu ver é a necessidade que a gravado tem de explorar músicas em língua inglesa, acredito que ajude a promover o trabalho dos meninos, mas peca de todo jeito, é como se o francês precisasse do inglês pra aparecer, só é essa minha crítica negativa. É isso gente, um excelente Natal à todos e deliciem-se com Vox Angeli. Informações sobre o Grupo aqui: www.voxangeli.fr ou http://voxangeli.skyrock.com/


Download do disco aqui

Audio de Les anges dans nos campagnes



domingo, 8 de novembro de 2009

Helmut Fritz - En Observation [2009]

E vamos que vamos que novembro promete! Bem devido a minha falta de tempo, postarei apenas um artista esse eu escolhi mais pensando em mim mesmo, pois esse é meu mês ;-). Poxa gente acho surpreendente o que descubro na música francesa atual que infelizmente não chega a nossas rádios. O cara que apresento a vocês vai a poeira do salão e fazer você dançar muito. Seu nome é Helmut Fritz e ao escutá-lo julguei-o de cara uma proposta interessante que merecia um espaço aqui, além do mais eu curto muito o som dele, bem eletrônico. Uma curiosidade, Helmut Fritz é um pseudônimo, na verdade nosso artista se chama Éric Greff.
Éric, que interpreta o excêntrico Helmut Fritz, é natural de Béning-lès-Saint-Avold, pequena comunidade situada no departamento de Moselle na região de Loraine, próximo da Alemanha helmut ficou famoso com o single Ça m'énerve, lançado em 9 de março em formato digital e formato físico dia 15 do mesmo mês. Esse hit teve considerável projeção e fez o Helmut conhecido do público. O cara é ilário, possui um sotaque que lembra um alemão ou inglês falando francês. E o que dizer de seu primeiro opium? Bem, En observation é um disco fashion acima de tudo, vemos o mundo do luxo, das grifes, das passarelas e da vida urbana em si descritos e criticados, o que é interessante nesse trabalho. É possível observar uma certa comicidade. no trabalho do Helmut, um burguês entediando com a realidade que o cerca. Letras hilariantes que falam do mundo da mídia, das celebridades e dos tipos humanos comuns aos ambientes artificiais e socialmente requisitados, e almejados. O problema de se entender as letras é a quantidade de nomes de gifes e marcas que são citadas, uma característica do Helmut. Destaco ainda as faixas Ça gère, Miss France (virou single),Burn Out, Yellow safety jack e 16.01.74, realmente eu gostei desse disco. Algumas faixas deixam a desejar, devido à uma certa monotoneidade na melodia, a fala do helmutz que é corriqueira, e a melodia que não agradou muito. Enfim, apesar desses detalhes En Observationtoca legal no meu player. Helmutz na internet: http://www.facebook.com/pages/Helmut-Fritz/65686987628, http://www.myspace.com/helmut.fritz


Download do disco aqui

A história de Helmut: Nascido em Reinbek (Alemanha), o pequeno Helmut Günter von Fritz é o único filho de Rudy von Fritz e Annegret Spiegeln. Seus pais trabalham em Fritzhoff, uma pequena fábrica de pulôveres que lhes garante um salário baixo. Mas eles vivem uma vida de Riley.
Em 1998, O tio-avô de Helmut o Barão Von Titten Fritz, morre chifrado e pisoteado por um javali durante uma caçada. Helmut torna-se seu único herdeiro, recebendo uma fortuna estimada em 300 milhões de marcos alemães. Rico, mas também mesquinho, ele compra uma Vespa de segunda mão, dá a seus pais algum dinheiro e deixa a Alemanha.
Chegando em Paris, ele se adapta e pouco a pouco com a sua fortuna passa a levar uma vida de milhionário. No entanto, essa mesma vida de "mesada feliz", como ele descreve, pesa mais e mais sobre si.
Em 2009, vítima de tédio profundo, Helmut explode emocionalmente, passando a ir à festas do high society, a vestir alta costura, participar de previews e tudo mais... Ça l'énerve (Isto o irrita)! Ele quer conversar sobre essa fase de sua vida com alguém e encontra o DJ Laurent Konrad em uma fila na Virgin Galactic. Konrad sugere ao amigo que faça uma canção sobre sua vida dissoluta e assim temos nosso Aristocrata, maluco, nervoso e cantor
.

Clip da Música Ça m'énèrve


domingo, 25 de outubro de 2009

Christophe Willem - Fermeture pour renovation 2008

E terminamos outubro com um disco ao vivo, visto que posto poucos aqui. O nosso exótico Christophe Willem, em sua primeira produção live, que é sem dúvida uma boa pedida para esse fim de ano. Fermeture pour renovation na verdade é um DVD de show, porém fora lançado um disco, contendo o audio desse show. Bem produzido, ele prova o talento de la Tortue para a música. Lançado após Inventaire, primeiro disco do Willem, e é referente à este primeiro disco do Willem, contendo faixas bônus diversas, muito boas mesmos. Composto por 21 fcanções (a faixa Demain por exemplo, é faixa bônus), este disco não inclui apenas músicas do Inventaire como eu falei, temos músicas das primeiras audições do Willem no Nouvelle Star, como Strong Enough da Des'ree e Sunny-isn't she lovely? Que que foi seu primeiro single, uma nova versão do clássico americano « Sunny » (Bobby Hebb, 1966), realmente produções bem interessantes. Este disco compreende parte da turnê do Willem que se desenvolveu entre grandes casas de show francesas como no Cigale, o Zenith e o Olympia, entre os anos de 2007 e 2008.Eles não vem só, pelo que pude sondar ele saiu junto com o DVD e não consta como discografia original, é apenas o audio do show em versão CD.

Fico bestificado em ver um artista como o Willem, que em outro momento sofreria preconceito e exclusão, receber os louros da vitória tão eficazmente. O cara tem talento isso não há dúvida, carisma e uma carreira promissora, sendo um dos artistas mais bem pagos em língua francesa e entendo porque a cada disco ou apresentação que vejo ou escuto dele. Na verdade ele é uma celebridade por reunir características físicas incomuns como voz e aparência junto a talento vocal de altíssima qualidade além no manejo de instrumentos, mesmo tendo ele uma voz afeminadíssima para um homem, mas acredito que é essa característica que o torna tão singular e que agrada tanto ao público, o gosto pelo diferente, a necessidade de um artista que inove. Fermeture pour renovation vai com certeza agradar em cheio sua festa ou momentos de descontração, destaco ainda os hits Dopuble Je, que foi single e no show aparece em versão Funkytown, muito divertida. Em seguida temos Someone new e Finally, dois títulos em inglês cheios de charme e simpatia, Safe Text e Chambre Avec vue, indipensável. Esse Live do Willem marca realmente suas vitórias no mundo da música que esperamos ser tão constantes quanto seu talento. Estilo: variétés/pop/eletronico.


Download do disco aqui
Dedico esse Cd a meus seguidores e visitantes mais fiéis, obrigado pela divulgação e visita.

Video da música Où Sont les femmes? Très bonne!!


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Lara Fabien - Toutes les femmes en Moi 2009

E vamos que vamos com os artistas do mês de outubro. Lara Fabian é a artista escolhida, muito difícil designar quem entra no blog e quem fica de fora, muitos pedidos e meu gosto pessoal lutando por um espaço aqui eheheh. Bem vamos lá. Conheci a Lara Fabian cantando em inglês, com o lançamento de seu primeiro disco em língua inglesa, intitulado Lara Fabian, com hits marcantes como Love by grace, que inclusive entrou na trilha sonora de Laços de família e I'll love you again, que eu descobri mais tarde na coletânea Batom, lançada em 2001. É lamentável que o francês não tenha espaço como ouros idiomas, muitos artistas fazem sucesso em suas línguas, e chegam ao brasil, já o francês, uma pena :-(
Lara Fabian, nome artístico de Lara Sophie Katy Crokaert (Etterbeek, 9 de janeiro de 1970), é uma cantora ítalo-belga-canadense de língua francesa. Apesar de ter o francês como língua da maioria de suas canções, já gravou em inglês, italiano, espanhol, alemão e português. Relutei, mas acabei escolhendo a Lara, porque realmente gostei de seu trabalho.
Descobri esse disco já tem algum tempo, mas é difícil escolher qual serão os artistas do mês , sempre fico entre meu gosto e novidades que quero apresentar, além da música certa para a época certa. Ele foi lançado esse ano de 2009, em maio, e contém regravações de canções de todas as cantoras que influenciaram a vida da Lara, incluindo músicas de Edith Piaf, Barbara e Celine Dion. É realmente um disco muito bom, creio que por ser um apanhado de canções de grandes intérpretes. Todas as músicas são em Francês e regravações de grandes nomes femininos da música, a exceção de Toutes les femmes en moi, música inédita. Os destaques vão para Soleil, soleil, faixa 1 do disco, regravação de Nana Mouskouri realmente um achado,, com uma roupagem bem animada, dançante e envolvente, "Göttingen" da Barbara é o próximo destaque, ficou fantástica na voz da Lara, em seguida temos J'ai 12 ans da Diane Dufresne, sinceramente uma das melhores do disco e pra terminar Ça casse, da Mourane, muito emocionante. Os arranjos desse álbum dão a ele um toque todo especial, um Q de verão, de dias esolarados. Toutes les femmes en moi é realmente um disco sedutor.


Se quiserem baixar o disco da Lara, vocês podem fazê-lo aqui.

* A foto utilizada nessa postagem tem seus direitos autorais assegurados a Universal Music.


Vídeo de Soleil, Soleil, da Nana Mouskouri


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Hélène Segara - Coeur de Verre 1996

Olá meus nobres leitores. Desculpem o atraso nas postagens, mas é trabalho e disposição que está me faltando, esse trabalho de blogueiro não é fácil viu! Fazer postagens dessa natureza é difícil. Mas vamos em frente. A artista da vez é Hélène Segara, que figura entre os grandes nomes da música francesa. Hélène Ségara, nome artístico de Hélène Rizzo, (Six-Fours-les-Plages, 26 de Fevereiro de 1971) nasceu em uma família pobre, filha de pai italiano e mãe armênia. Ela começou a cantar aos quatorze anos de idade em piano bars. A partir daí, ela passa a se dedicar cada vez mais ao meio musical A carreira de Hélène não foi fácil, apesar das dificuldades, como por exemplo o processo de separação de seus pais e ter de morar em uma pensão e em seguida passou a morar com seu pai.
Seu primeiro disco foi lançado em 1993,
porém não obteve sucesso. Coeur de verre é o seu segundo disco, sendo o primeiro a fazer sucesso de verdade em sua carreira. No ano de 1996 Hélène resolve partir para Paris em busca de oportunidades, mas não se adapta e volta para sua região natal. Mais tarde ela conhece um grande empresário que aposta nela com entusiasmo, assim como também o faz Dalida em sua primeira canção de sucesso que foi Je vous aime adieu, o que lhe rendeu o prêmio Rolf Marbot na primavera de 1997. Outras canções de grande destaque deste álbum são: Les Vallées d'Irlande em versão remixada, mas achei ela meio fora de contexto no disco, mas passa e Vivo per lei com participação de Andrea Bocelli, muito boa por sinal.
Hélène Segara faz a linha vogue com voz bem aguda, com um ar lírico eu diria, bem agradável, inserida em baladas românticas, que horas demonstram animação, hora quietude. Uma caracteristica que identifico como ruim nesse álbum e a temporalidade de algumas faixas, bem anos 90 mesmo, acho interessante quando um disco consegue ser atemporal. Mas, enfim, se fosse sempre assim não teríamos referencias das músicas de décadas anteriores não é mesmo? Ah esse disco tem a música tema do filme Anastacia, Loin du frois de décembre, muito bonita por sinal. Coeur de verre é um disco interessante, apesar de alguns clichês típicos das músicas dessa época, caracteristica que se observa nos artistas lançados no decorrer dessa década,. Sua intérprete possui uma voz agradável e esse disco lembra mais um The best, pela diversidade de ritmos que encontramos nele, não se torna monótono realmente. Uma boa pedida meus caros leitores.
Hélène na web: http://lnsegara.artistes.universalmusic.fr/category/actualites/
Categoria: Variétés/Pop


Download do disco aqui, em duas opções no txt ok?

Video da música Je vous aime adieu, sucesso dos anos noventa na França.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Bensé - Album [2009] [Réédition]


Salut tout le monde! Estou em débito com vocês meus caros leitores. As postagens andam lentas, ando meio cansado e me falta paciência para fuçar informações e escrever e escrever, ai ai. Bem vamos terminando setembro finalmente com este que figura entre a novíssima safra de representantes do folk-rock francês, o Bensé. Sua música é realmente boa e por acaso, descobri-o em minhas andanças virtuais. Outro grande achado. Seu nome completo é Juien Bensé e ele nasceu em 18 de Abril de 1980, na cidade de Nice. Vindo de familia de origem Argelina, ele cresceu em meio à um ambiente familiar repleto de musica, aprendendo ainda adolescente a tocar violão. Bensé sempre demonstrou pouco afeto pelos estudos, sempre direcionando para as baladas e a música. Após o termino dos estudos que culminou com a obtenção de um diploma de direito, sai de Nice em 2002 instalando-se em Paris. Bensé começa sua carreira cantando em pequenos bares, de bar em bar acaba que um dia topa com o cantor Teté, outro grande nome da musica francesa atual, porém com mais estrada que o ele. Nosso jovem artista, aos poucos vai galgando os degraus rumo a sua realização profissional aumentando a quantidade de apresentações nos grandes palcos como no Le Réservoir, Le Divan du Monde, La Flèche d'Or, La Cigale e mesmo na televisão. Bensé participa de outros eventos musicais, apresentando-se em festivais de repercussão, porém foi apenasno La Scène Bastille que Bensé é visto por um representante da Universal Publishing e asim descobeto finalmente. Albgum tempo depois, ele assina contrato com a Naïve Records, a mesma gravadora da Carla Bruni. Em maio de 2008 Bensé lança seu primeiro disco, intitulado apenas de Album, juntamente como primeiro single Au Grande jamais, que obteve considerável sucesso nas radios. Gravado em 15 dias, no studio de la Frette em Paris, um solar antigo. Esse disco é inspirado na obra Cem anos de Solidão, do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, o título do disco é justamente a representação de um album de verdade, um álbum de fotografias de familia que é a vida, álbum esse que pode ser interpretado em cada musica, realmente muito criativo. Podemos perceber instrumentos diversos neste trabalho como a marcante gaita de boca juntamente com uma poderosa bateria, violão e baixo típicos dos anos 60, celo e piano de meados do século 19,
Este primeiro disco mescla melodias caracteristicamente anglo-saxãs bem harmonizadas com letras cheias de sentimento, enriquecidas por serem cantadas em francês, com partes em espanhol e inglês também. Album é um disco muito gostoso de se ouvir, suave, alegre as vezes, nostalgíco, melancólico também, emocionante, de musicalidade agradável, com arranjos bem colocados, feitos ao vivo, que dão à este trabalho um semblante de originalidade e bom gosto na escolha das faixas e na produção de cada faixa. Tal fato se deve à influencia musical do Bensé, Bob Dylan & the band, Cat Stevens, Bruce Springsteen, Neil Young ou Nino Ferrer. Album é definitivamente um disco a se ouvir. Realmente o disco inteiro vale a pena, mas vou destacar algumas faixas em especial, Au grand jamais e Mon frère por serem singles, nao perdem seu brilho, Petite e Après nous, com participação da cantora Rose e Dans ma soucoupe, em parceria com o Teté, sensacional. Deixo-os apreciar e opinar. Página Oficial: www.benseonline.com


Download do disco Aqui.

PS: Olá pessoal, finalmente consegui a edição completa com 14 faixas, 13 faixas e uma escondida cantada em inglês Make this planet move que completa a tracklist. Finalmente mil vezes, e tudo graças ao Manu - Emmanuel Junior que me cedeu gentilmente a tão buscada canção. Un grand merci mon cher!


Au grand jamais para vocês conferirem.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Etienne Daho - Singles [1998]

Olá pessoas, mais uma atualização, demorei, na verdade ando sentindo certa dificuldade de fazer várias postagens como antes, bem, buscarei sempre postar 3 por mês. Vamos lá, a bola da vez é esse disco que realmente me agradou, Daho Singles é realmente um disco a se descobrir. A primeira vez que ouvi o Daho foi em 2000 pasmem através da compilação Génération Française 3 lançada em 1998 e contabilizava as produções francesas mais recentes daquela época, disco esse que revolucionou minha vida, pois eu conhecia pouquíssima coisa de música francesa produzida nos tempos atuais ;-)
Bem, vamos conhecer nosso artista antes certo? Monsieur Daho, nasceu em janeiro de 1956, na cidade de Oran, Argélia. Mudou-se para França por seu pai ser militar e precisar mudar-separa Rennes, onde a familia se estabelece, o pai esteve ausente, e ele cresceu junto com a mãe e sus duas irmãs. Etienne sempre gostou de rock e pop inglês, é tanto que sua carreira começou após, durante a vida academica no curso de lingua inglesa, engarjar-se em campanha para unir dois grandes nomes da música francesa dos anos 70, os Stinky boys. Empolgado e encorajado pelos contatos feitos, durante esse empreitada,Daho decide adentrar na cena musical, participando do Transmusicales de Renne, evento de música atual, internacionalmente reconhecido, que acontece na cidade de mesmo nome, desde 79. Daho cantou com o grupo Entre les deux fils dénudés de la dynamo, depois se apresentou sozinho em 1980, no ano seguinte ele lança seu primeiro disco, intitulado Mythomane(1981), esse disco nao conheçeu sucesso considerável, apesar de bem recebido pela critica e só copnseguiu o reconheciemtno devido alcançando certificação de disco de ouro quinze anos depois. O sucesso só veio com La notte, la notte de 1984. Daí por diante Daho segiui uma sólida carreira, predominando um pop marcante e adulto acima de tudo. Esse disco contem pérolas da carreira do Daho, que com certeza vão agradar a todos os apreciadores de boa música. Aqui temos uma mistura competente de pop, um pouco de rock as vezes, alémn da presença do new wave, eletrônico, um pouco de funk e drum'bass, muito bom mesmo. Esse álbum é realmente um disco de músicas marcantes como por exemplo ideal, faixa número 1 do disco, seguida de Sur mon cour, em versão ao vivo e texto de Jean Genet. Le Premier jour é outra memorável, adaptação de Ready or not da Sarah Cracknell, cantora do Saint-Etienne, pra lá de agradável. Ainda temos Soudain, suave e delicada, com cara de noite estrelada e drinks em um piano-café a beira mar (viajei!!), Jungle pulse é outro título que vale a pena destacar, como uma cara mais de balada, bem animada em versão single remix e Mon manège à moi, versão anos 90, cantada originalmente pela saudosa Piaf. Este jovem e sofisticado senhor, nome consagrado da música francesa contemporânea, inspirado pelo Velvet Underground e pela talentosa Françoise Hardy, tem muito a mostrar e vocês a descobrir. Nesse disco só faltou a música Me manquer do álbum Eden de 1996 que me foi apresentada no Génération Française, mas eu perdou ;-)


Donwload do disco através desse link aqui

Clip da música Ideal para vocês conferirem


domingo, 27 de setembro de 2009

Amandine Bourgeois - 20m2

Oi Gente, demorei a atualizar setembro, mas estou aqui. Desta vez lhes trago uma artista por mim descoberta recentemente e acredito que vão gostar muito dela. Amandine Bourgeois figura em meu player no momento e sinceramente estou gostando muito dela, uma artista a descobrir!
Vencedora da sexta edição do Nouvelle Star, Amandine bourgeois vem com uma proposta musical criativa, irreverente, fugindo dos tradicionais perfis impostos por esse programas caça-talento. Me surpreendi quando baixei seu disco e comecei a ouvi-lo e me agradei bastante, um verdadeiro achado! Dona de uma voz incomum, bem marcante e possante, Amandine já tem certo tempo de carreira, possuindo apenas um único álbum lançado em junho desse ano, álbum esse que recebeu certificação de disco de ouro na França, com 50 mil cópias vendidas.
Nascida em
12 de junho de 1979 em Angulême, França, filha de pai guitarrista e mãe enfermeira, Amandine começou sua vida profissional no ramo da hotelaria, mas nao ficou satisfeita com tal profissão, decidindo-se pela música como próxima alternativa. Ela começou sua carreira artistica tocando em bandas como a Zia(funk-soul) e o grupo de pop-rock Tess, passou por outros grupos e eventos de música, utilizando como marca registrada a improvisação e rearranjamento das canções. Em 2007 foi chamada para integrar o Casting da Nouvelle Star. Amandine já contava com seu My space e ai divulgava suas produções. Nossa artista destacou-se durante todo o programa cantando hits de nomes consagrados como Bod Dylan e Rita Mitsouko. Ao final da competição, vence o programa, tornando-se a Nova Star de 2008, assinando em junho de 2008 contrato com a Sony Music, para gravação e produção de seu primeiro disco, lançado um ano depois. Ela realmente tem talento, mereceu o prêmio, uma voz poderosa, que se destaca no meio de tantas
irrec
onhecíveis.
20m2, nome de seu primeiro disco, reúne canções memoráveis com letras inteligentes, produzidas por grandes nomes da música francesa como La Grande Sophie, Etienne Daho, Alain Bashung, além claro de composições suas também, verdadeiras crônicas poéticas, que ilustram momentos da vida de uma jovem mulher dos dias atuais, que confia sucessivamente suas convicções, dores, crenças e seu humor louco ao ouvinte. Tudo isso regado a um delicioso mix de jazz, folk, blues e rock. Esse disco deve com certeza agradar a vocês leitores que curtem boa música como eu.
Vou destacar os hits Chacun son truc, L'Homme de la situation, que virou single, Tant de moi, segundo single, é outra composição bem produzida que prende o ouvinte, seguida de les Loutics, divertida e irreverente. Está mais que aprovado, viajei nesse disco, sabe dá pra ouvir tranquilo numa roda de amigos conversando, com uma mesa cheia de vinho, queijos e outros deliciosos tira-gostos ;-). 20m2, que por extenso fica Vingt mètres carrés, vinte metros quadrados, é realmente um disco a se descobrir. Querem conhecer mais notre chère bourgeois? www.amandinebourgeois-officiel.com


Baixar o disco aqui
O arquivo está no formato bloco de notas, você abre e copia o link que está lá e cola no seu navegador e dá enter.

Video-clip da musica L'homme de la situation


domingo, 30 de agosto de 2009

Various Artists - L'amour 2008

E encerramos o mês de agosto, que por sinal está atrasadíssimo, com essa coletânea lançada recentemente pela Som Livre. A maioria de nós, antes do advento da internet, só conhecia músicas francesas de décadas anteriores, tendo pouquíssimo ou nenhum contato com produções atuais. me sinto lisonjeado diante dos elogios em oferecer a oportunidade de muitos internautas. Brasil a fora a conhecer algo mais que "os da antiga", o trabalho com o blog tem sido gratificante. Eu particularmente já fui menos fã dos antigos hits, mas hoje tenho uma visão melhorada, reconhecendo seu potencial artístico e cultural. essa coletânea escolhida para hoje se chama L'Amour,Amore,Amor e reúne clássicos das música francesa, italiana e hispânica dos últimos tempos. Lembrando que as francesas sempre são defasadas, representadas por no máximo hits dos anos 80. Mas, o que esperar de uma empresa como o Globo, com sua sensibilidade? ;-)Lembrando que o disco aqui criticado é o primeiro, intitulado L'amour.
Bem, em todo caso já ajuda a divulgar um pouco mais o francês, visto ser uma novidade, uma aluna minha encontrou a coletânea disponível nos camelôs, (risos), está acessível ao grande público.
Bem eu a escolhi pela seleção de artistas, que ficou boa, porém não excelente e vou dizer porque. Ela começa com Tous les visages de l'amour, versão do ainda vivo e competentíssimo Charles Aznavour que nos apresenta uma bela versão da música She, gravada por ele em 1974, regravada mais tarde em inglês, por´porém sem grande sucesso e regravada, em1999 pelos Elvis Costello, para trilha sonora de Nothing hill onde ganhou grande projeção. Em seguida temos a sensual e polêmica Je t'aime moi nom plus, em dueto com o Serge Gainsbourg e seu par, a cantora Jeane Birkin. Esse hit gerou polêmica no final dos anos 60. Femme como Femme, do memorável e ainda vivo Adamo, nos brinda com uma belíssima melodia, sucesso no Brasil em meados de 1969/70. Capri c'est fini é a próxima, cantada pelo Hervé Vilard, tornou-se hit do verão de 65, passando a ser conhecida em outros países. La question, dá seguimento ao disco, um das mais belas selecionadas, é a faixa 2 do 11º disco da Françoise. Produzida com ajuda de uma amiga brasileira, chamada Tuca, já falecida, La question é um hit que vale a pena conferir e pasmem fez parteda trilha onora da novela Selva de Pedra!! :-O. Ne me quitte pas, é a próxima faixa, sendo apresentada a versão original de Jaqcques Brel, algumas coletâneas pra download na internet anunciam que é o Gilbert, mas eu conheço o Brel onde quer que eu esteja ;-), poucos conseguem sua dramaticidade. E vamos em frente com a faixa 7, La vie en rose, que nessa coletânea é uma versão em inglês do Louis Armstrong, nada contra ele, mas o que ele faz num disco de música francesa? Só a Som livre, uma empresa da Globo pra tratar com esse desleixo a música francesa, estive no site e nada de informação sobre esta coletânea estava disponibilizado. Bem vamos em frente, desta vez com Un jour, tu verras, da saudosa e talentosa Maysa, cheia de emoção e um ar de tristeza, essa música Georges Moustaki é o próximo artista a figurar nesta coletânea com a famosa Joseph, com vocais femininos de fundo e a sua marcante voz serena um som sessentista que nos leva pra longe no tempo, até 1969 Noussa! Pasmem ele fteve un affair com Piaf e escrveu-lhe uma de suas músicas mais famosa, Milord. La chanson pour Anna é a próxima faixa, toda instrumental, é uma gravação do Pierre Brachelet, triste muito triste essa música. Emmanuele song é a faixa 11 e sinceramente não é uma de minhas preferidas, não gosto da melodia dela. L'amour est bleu, hit instrumental do orquestrador Paul Mauriat famoso por suas produções sofisticadas, também entrou na tracklist, a meu ver contribuiu pouco, outra música instumental, noa empolga quando se quer ouvir o idioma certo? Que é isso, que falta de imaginação. Continuando sem falar que somos agraciados a dramática e antiquada Dolannes melodie, que mais parece tema de novela mexicana das antigas, decepcionei! Para terminar o disco temos L'hymne à l'amour da Piaf em uma versão nao remasterizada com audio bem ruizinho, que sinceramente não empolga. Eu teria colocado músicas mais significativas nessa coletânea, mas o que esperar da Som livre não é? Bem, pleo menos valeu a tentativa, nunca é demais uma coletânea de música francesa.
Vou dar só 3 estrelas, nao acho que valha mais que isso.


Baixe o disco aqui

Deixo-vos com uma das músicas que mais gostei desse disco. La question, Françoise Hardy


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Damien Saez - Jours Étranges 1999

Oi gente! Me desculpem a demora nas atualizações, me faltou inspiração. Bem mostro-lhes agora considerações sobre Jours étranges do Damien Saez. Conheci o Saez através de um video-clip, que na época passava no canal, TV5. Graças à uma fita de vídeo gravada por um professor amigo meu, tive a oportunidade de conhecê-lo, pela primeira vez, através da musica Jeune et con, que tinha a menininha vestida de anjo, pulando na cama elástica e um monte de jovens franceses em situações diversas. Oficialmente chamado Damien Saez, nosso artista nasceu em 1º de agosto de 1977 em Saint-Jean-de-Maurienne (Savoie). Autor-compositor-interprete e instrumentista, possui uma carreira sólida e marcante. Apresentando-se mais no estilo rock principalmente, porém varia as vezes entre o pop, a música de variedades, com textos marcantes adornados pelas batidas eletrônicas de quando em vez. vale lembrar de certas pitadas de instrumentos em uma roupagem mais musica clássica.
Ele surgiu na cena musical francesa em 1999 com o single Jeune et Con, primeira faixa desse disco. Mas, muito antes já demonstrava interesse por esse universo, compondo e tocando em pequenas produções. Os demais títulos desse disco não ficam atrás e demonstram criatividade a partir de união de letras cheias de lirismo e rebeldia juvenil pós-adolescência, à baladas e um rock. Estiloso e bem arranjado Jours Étranges é um disso que tenciona entre o melancólico para o sombrio as vezes, nos levando por uma atmosfera marcante. A voz do Damien é um mix de inocência e intensidade de um jovem adulto, culminando com uma sonoridade estridente em alguns momentos. Bem divulgado nas radios e canais de música, esse disco chamou de imediato a atenção do público. É interessante observar que o Saez divide vários sentimentos que são comuns à geração da época, que como ele cresceu após os anos de tensão entre soviéticos e americanos, e a morte das ideologias proclamadas pelas elites. a reivindicação da antiga canção francesa é outro ponto importante desse disco. Ficou bom, mesmo com certa falta de estética.
Não vou mentir que o pop é mais minha cara que o rock, mas de maneira alguma poderia deixar o Saez fora do blog, visto a qualidade de suas músicas. Jours étranges alcançou boa vendagem, alcançando marca que lhe conferiu o título de Duplo disco de ouro e artista revelação do ano pro Saez no Victoires de la Musique de 2001. Os destaques vão para as faixas Jeune et con, Sauver cet étoile, tensa, mas com um fundo eletrônico que ficou muito bom. Je veux m'en aller é outra proposta interessante do disco, merece destaque, Crepuscule é outra faixa que vale a pena ouvir, seguida de Soleil 2000. Jours étranges, um disco cheio de poesia, de letras marcantes. Descobram-no.


Baixe o disco aqui


Vídeo da música Jeune et con:


sábado, 22 de agosto de 2009

Alexandre Varlet - Dragueuse de fond [2003]

Ça va? Olá pessoas, a quanto tempo einh?! Peço perdão pela demora, mas infelizmente tive pendências em minha vida acadêmica e profissional a resolver. E mesmo precisei de um tempo para me decidir por quem postar, são tantos nomes. Dentre eles eu vou destacar um artista que manda muito bem, ele se chama Alexandre Varlet. Este é seu segundo álbum, um verdadeiro achado para quem deseja conhecer mais e mais a música francófona, especialmente a francesa visto que nosso cantor é francês.
Dragueuse de fond é um disco de letras intensas, de musicalidade um pouco sombria, retocada por uma instrumentalização elaborada e a voz marcante e grave de Alexandre, porém predomina-se
um estilo que mescla rock-folk. Eu só precisei ouvir uma vez para me agradar, uma pena que seu trabalho seja pouco divulgado, apesar de muitos fãs estarem surgindo. É raro informação sobre ele. Fiz uma maratona por sites pra descobrir algo a mais sobre nosso jovem talento.
Após um acidente que quase o leva a morte, Alexandre varlet envereda-se pelo caminho da música, lançando-se timidamente no cenário artistico, lá por volta de 1998, com o disco 'Naïf comme un coteau'. Após o rompimento com sua gravadora, devido a questões de vendas, ele viria a lançar um novo álbum apenas em 2002, dando a luz a esta pérola, chamada Dragueuse de Fond. Destaco as faixas Le Q dans da coquille, Parfume, Lune rousse acoquinée e Ce jour (a quoi rien ne ressemble). Esse disco eu aconselho, vocês, apreciadores de boa música, serão certamente arrebatados pela melancolia contagiante do Alexandre e se deliciarão com sua poesia em forma de canção. Atualmente ele esta envolvido em projetos como a trilha sonora de um documentário Howwarah, une famille en palestine.
Página oficial: http://www.alexandrevarlet.net/index.php?cat=3


Baixe o disco aqui


Tudo desse cara é difícil, não achei um clip sequer desse disco nossa! Aqui vai uma apresentação da faixa Espèce de chien:



quinta-feira, 30 de julho de 2009

Julien Doré - Ersatz [2008]

O que dizer de um dos nomes mais recentes e controversos da música francesa atual? Inovador, cheio de vigor, as vezes maluco, mas ainda sim interessante! E de quem vos falo, Julien Doré, vencedor do Nouvelles Star de 2007, gente quanta informação li sobre esse cara, que começou a cantar um dia desses!
Julien doré nasceu em 7 de julho de 1982 em Alès. Ele começou jovem, está na estrada desde 2002, possuindo também experiencia como ator seu forte mesmo é a música. Antes de tentar o Nouvelle Star, já possuia uma chamada The Jean D'Ormesson Disco Suicide e em seguida criou outra a Dig up Elvis. Inicialmente ele apenas busvaca notoriedade para sua banda, mas acabou que ele agradou a produção do programa, mesmo os jurados nao gostando de seu estilo, ele continuou e fez apresentações memoráveis de artistas consagrados como o hit Like a virgin da Madonna numa versão Jazz, Moi..lolita da Alizée, Les Bêtises de Sabine Paturel e na última audição You really got do The Kinks entre outras tantas, tudo isso ao som de sua voz à la Alain Bashung/ Dutronc bem peformática. O cara caiu no gosto popular e ganhou a final. O 1º disco veio em seguida mas sem a formulação barata de outros, o jovem artista teve condições de criar algo original. O que é interessante na musica do Doré, é que ele consegue imprimir um cara própria, esse disco é um trabalho bem original se você comparar as produções de 'astros' recentes que cantam clichês, com temáticas bobas num formato bem comercial. É interessante ele vai de músicas mais comerciais, obedecendo a um formato mais audível e popular como a bela Acacia e Figures Imposées, (realmente linda) às mais inovadoras e irreverentes como Ss in Uruguay e Des mots , cantada em parceria com o Arno. Um aspecto válido nesse álbum é a introdução de instrumentos, muito diversificados, como a unkuléle, tipo um cavaquinho havaiano, realmente ficou muito bom! Ele fica entre um pouco de Faroeste americano, folk, Radiohead, de acústico com um violão bem acentuado, tudo isso acrescido de uma pitada de pop e irreverência. Por falar em irreverencia ele canta em inglês também, na faixa Pudding Morphina com participação do consagrado cantor do anos 70 Christophe.
Curiosidades sobre o disco: o 1º single versão Rock de Moi..Lolita saiu em agosto de 2007, o segundo foi Les limites, com um clip paródico, esse segundo single foi muito esperado, pois o disco já era aguardado, a pressão do público ansioso é grande viu, bem Ersatz saiu em Junho de 2008 com um encarte sofisticado em dois tons diferentes um mais azulado outro mais esverdeado, o que postei como referência da postagem e conteúdo diversificado. Bem além de tudo tenho que admitir que o cara é bonitão viu, coisa que ajuda na carreira de qualquer cantor, característica que lhe rendeu o título de homem mais sexy de 2007 pela revista Elle. Sinceramente? Este disco vai quebrar com qualquer conceito de música antiquada que vocês possam ter, Julien Doré um artista a ser descoberto! Estilo: Folk, Rock, Música alternativa. Site oficial: www.juliendoreofficiel.com/


Baixe o disco aqui

Confiram Les bords des mer, com um clip em preto e branco. Música melancólica e voz pesada.



sexta-feira, 24 de julho de 2009

Anggun - Elévation [2008]

Um disco alegre, bem produzido, capaz de nos fazer mexer, vibrar. Elévation, lançamento recente da bela e exótica Anggun é a próxima dica do blog. Para aqueles que não a conhecem, bem, já é tempo de fazê-lo e para os que já conhecem e nao sabia desse último lançamento, aqui vai a dica. Bem como esse foi o 1º disco dela que consegui inteiro, mesmo conhecendo-a a tempos, decidi começar por ele. A primeira música da Anggun que escutei foi La neige au Sahara, que teve uma versão em inglês, intitulada Snow of the Sahara, muito boa por sinal e digamos assim marcou a carreira internacional da Anggun. O que posso dizer é que achei muito boa a música dela. que possui uma discografia bilingüe que merece ser divulgada. Lembro-me que um amigo da universidade falava muito na Anggun, de sua música, enfim, resolvi dar uma conferida, só que sempre foi difícil achar um álbum dela completo para download. Aí durante minhas andanças pela internet achei uma falsa compilação do Enigma, projeto do Michael Cretu que tornou-se,mundialmente conhecido pela música Sadeness o qual continha uma faixa, a mesma Snow fo the Sahara. Antes de mais nada é preciso fazermos uma breve síntese da história de nossa artista. Bem, Anggun nasceu na Indonésia, em Jakarta, em 29 de abril de 1974. Filha de pai cantor, foi logo cedo introduzida na vida artística, sendo disciplinada no canto desde criança. Após o lançamento de seu 1º disco solo, um álbum infantil, ela lança dois singles em javanês, que a levam ao estrelato em sua terra natal. Ela começou cantando rock, ficou conhecida em seu país por esse estilo. Após lançar seu último disco em javanês em 1993, ela parte para a europa me busca de uma carreira internacional. Inicio foi difícil, chegando a Londres nada acontece e então ele parte para Paris conhecer bons produtores, entre eles, o conhecido Florent Pagny, que também é cantor, e que a apresentou a vários nomes famosos da musica em seu país. O sucesso veio o Snow of the Sahara tendo a versdãoi em francês com o mesmo título e que impulsionou a carreira da Anggun, que daí em diante nunca mais parou. Bem e aqui estamos com Elévation, produzido pela dupla apresentando um mix de batidas eletrônicas à um r'n'b bem moderno, dando um certo ar de à la América, trazendo participações de rappers, tanto francófonos quanto anglófonos como o Big Ali na faixa Plus forte, o Pras Michel, do Fugees e o Sinik que dão um toque a mais por assim dizer nesse trabalho.
Tudo isso aliado à voz marcante de Anggun. Porém tenho de admitir que o disco ficou semelhante a de grandes nomes do R'n'b comercial, contando com a diferença da língua, pena, ela poderia dar um que mais diferente ao álbum, mas sabem como é tendência né? Ainda sim é um disco muito bom, capaz de dar suporte ao estudante ou simples admirador de música em francês.

Os destaques vão para J'ignorais tout, Si tu l'avoues,(eleita hit do ano pela Radio France International) Plus forte, Cette nuit, que tem uma batida contagiante! e claro Si je t'emmène. As musicas falam de conflitos nas relações, do paledo home e da mulher no relacionamento, mas tambem temas mais nobres como à proteção do meio ambiente, como em Un jour sur terre, que virou single e tema de um documentário em 2007. Esse disco possui uma versão de Si tu l'avoues na versão inglesa do album e a faixa Eden in her eyes, na versão francesa. Foi lançado na Indonésia em dezembro de 2008, com 3 faixas em javanês. Ah, tem uma canção de ninar inclusa cantada em javanês, muito bonitinha, creio que em homenagem a sua filha nascida no final de 2007, assim como Eden in her eyes. Este é um disco bem interessante, vale a pena dar uma conferida.


Baixe o disco aqui

Assistam Si tu L'avoues, 1º single desse disco, muito dansante.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Christophe Willem - Caféine 2009

Um mix de pop e eletrônico bem humorado, regado a voz suave e aguda de um dos nomes mais promissores da música francesa atual. É assim que defino Caféine, mais novo disco do exótico Christophe Willem vulgo la tortue. Não é á toa que ele figura entre as variétés, realmente uma salada bem colorida, com mecanizações, batidas e evoluções de sons diversos, participações interessantes, algumas regravações bem sucedidas e uma musicalidade que tornam o trabalho do Christophe de muito boa qualidade. Um disco perfeito para uma noitada animada, uma festa menos informal, enfim, ambientes diversos, um som sofisticado, bem ritmado com refrões fáceis de serem memorizados, realmente muito bom. Contando com 14 faixas, sendo a primeira uma introdução que cria um clima de suspense pelo álbum em si, sendo seguida por L'homme en noir, regravação de Undressing you, faixa 8 do álbum Life in Mono da Emma Bunton que ficou muito bem na voz de nosso caro Tortue(tartaruga em francês, apelido do Christophe), depois temos Sensitized, em duo com a sensual Kylie Minogue, que canta em inglês acompanhada pelo Christophe em francês, a voz dos dois se mistura e nos perguntamos aos vezes quem canta o que, ah o simple de Gainsbourg caiu muito bem. Esta faixa ficou bem produzida, capaz de animar qualquer festa. Berlin é a 4ª faixa do disco, apresentando uma roupagem eletrônica bem favorável, sendo uma boa escolha para primeiro single, uma batida envolvente que a destaca muito bem das demais faixas, a letra fala de liberdade, de quebrar as barreiras e aproveitar a vida, no contexto que o clip oficial nos dá, temos uma espécie de vou em frente, independente do o que pensem. La demande, faixa seguinte, começa timidamente e evolui para uma mistura de pop e rock, quitaras gritam e culminam com um ápice memorável junto com os vocais intensificados de nosso artista. Entre nous et le sol é uma versão da música Love is a state of grace da Britney Spears, aqui cantada em francês, porém com um toque a mais, ela ficou muito bem na voz do Christophe. Plus que tout, dá seguimento ao álbum, e diga-se de passagem, muito bem! A batida dessa faixa é muito bem produzida, cheia de efeitos eletrônicos que criam uma ambientação prá lá de motivante, o refrão dessa música agradará também, Em seguida temos Coffee, oitava faixa do disco que é simplesmente uma explosão musical, munida de um refrão interessante, com backing vocals pra lá de interessantes e criativos e tudo isso conduzido uma batida boa demais da conta pausamos em Fragile, que lembra Chambre avec vue, suave, com arranjos e instrumentação que nos envolvem e nos conduzem a um terraço de alguma cobertura, uma piscina, um dia de sol. Trash vem em seguida, com uma batida que lembra o hit maniac, do Michael Sambello, porém com alguma evolução eletrônica típica dos anos atuais. Em duo com a Skye, esse é com certeza um grande hit. Tu te fous de nous vem mais a frente com uma musicalidade que não deixa por menos e continua criando um clima de festa, e eu sigo cantando, tou te fous de nous, pas du tout, pas du tout (rs). e chegamos a Heartbox, faixa em inglês do disco, contando com participações de Guy Chambers e Matt Hales em sua produção, ah o Christophe tem um inglês muito bom viu ;-) Vamos em frente que ainda temos Yaourt et lavabo contando com a colaboração da Zazie que deixou sua marca registrada nesse hit, bem gostoso de ouvir. E o disco termina com Si je tombais, uma balada acompanhada competentemente pelo som de um piano inspirador, muito boa. Apesar de tudo que eu disse, friso que o Christophe pecou pelo excesso de colaborações, faltou um pouco mais dele mesmo no disco, apesar de muita coisa inovadora nesse disco, temos alguns clichês que poderiam ser evitados. Bem, considero muito a vontade do artista que nem sempre agrada aos fãs ou admiradores de seu trabalho. De todo jeito confiram, vale a pena. Genero: Variétés/pop/Electro.


Link para o disco aqui oh!

Assistam a Berlin, bem criativo esse clip, Já vem com a letra ;-)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Yelle - Je veux te voir [single] 2006

Singles são raros aqui no blog, consegui mais um pra postar aqui e finalizar o mês de junho Je veux te voir foi o grande sucesso de nossa divertidíssima Yelle, que figura entre os artistas que conseguiram projeção mundial sem cantar em inglês. Viva! Ela merece ter esse trabalho postado aqui. Esse single foi lançado em 28 de outrubro de 2006 pelo selo Source e contem 4 faixas, Je veux te voir, em versão normal, Je veux te voir em versão Disco D Remix, que lembra o pancadão típico dos bailes funks brasileiros, A versão Club-Club como o próprio título diz é bem clubber, com uma batida clássica, acelerada mesclada a efeitos de que lembra festas eletrônicas e a oitentista Jogging com uma batida eletronica completamente inspirada da música eletronica dos ano 80 nos levando a mil novecentos e oitenta e alguma coisa.
Vale lembrar que esse single teve uma outra versão, lançada contendo o clip de Je veux te voir e outras versões da faixa sem Jogging, contendo encarte diferente e data de lançamento também. O problema da Yelle é em alguns momentos a voz dela cansa mesmo, a alguns ouvidos parecerá inaudível devido a seu tom agudo e a velocidade das músicas. Para quem curte a diva do electroclash ai como luva no toca discos de qualquer um, eu curto bastante, são muito divertidas as músicas dela. O interessante é que essa música, cheia de gíria e palavrões é resposta ao machismo contido nos grandes hits musicais lançados atualmente em especial no rap e no r'n'b e à música do TTC.


Link para o single aqui.

Vídeo de Je te voir, o anterior foi desabilitado