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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Kyo - Kyo [2000]

Salut les gars et les filles :-D meus/minhas leitores queridos. Cá estou eu atrasado como sempre, mas do nada surge a vontade de postar algo que estou ouvindo ou que de repente valeu a pena e vamos em frente.
O som que eu trouxe para vocês é de um pessoal que já acabou, infelizmente, mas que deixou uma produção bem interessante. Já postei dois discos deles aqui e esse é o primeirão da carreira.  
E o que posso falar desse 1º trabalho do Kyo, bem é um trabalho com músicas fáceis de ouvir, das mais leves da discografia deles! E como defini-los? Nem boy band nem rappers, Florian Dubos, Fabien Dubos, Nicolas Chassagne e Benoît Poher, se conheceram em uma escola em Yvelines, inicialmente compartilharam sua paixão por mangas japoneses e a influência da onda grunge de Seattle, EUA para em seguida descobrirem a importância das melodias e harmonias vocais e enveredarem pelo caminho da música como uma banda. De início amadora com influências de grandes nomes como Pearl Jam, Nivana, RATM etc.
O começo foi difícil e dificuldades habituais surgiram como  acontece com a maioria e pequenas apresentações com quase nenhum dinheiro adquirido até que em um evento promovido pela Sony Music,  a coisa toda aconteceu e esta resolveu dar uma chance aos rapazes.
Esse disco possui uma veia mais pop, aspecto que o Kyo decidiu seguir para se lançar no mercado. Uma produção bem interessante, mas com aquela cara de começo mesmo, com um certo padrão de melodias, de temas abordados nas letras, eles conseguiram uma considerável notoriedade quando da sua primeira apresentação no Olympia do consagrado David Hallyday
Lançado em março de 2000, Kyo, homônimo trabalho, teve importantes colaborações como François Delabrière na produção (Pascal Obispo, Isabelle Caux), Steve MacNichol na programação (Robbie Williams, George Michael), e um pequeno contribuição de Michel Jourdan (Hélène Segara) Lionel Florença nos textos, e foi produzido com um total de 11 faixas.  
Como nem tudo são flores, é óbvio que uma produção comercial tem lá seus digamos erros inerentes a um primeiro álbum - com um  know-how meio melódico demais como na faixa "La verité nous ment", alternando  com as tradicionais faixas mais agitadas de climax tocante. Mas o disco tem uma energia boa e entusiasmo evidente como percebe-se nas faixas "Il est temps", primeiro single e "Mes racines et mes ailes" . Para um grupo que na época tava na média de idade de 20 anos, até que fizeram um bom trabalho. Lembrando que o Kyo não existe mais oficialmente pessoas, esse disco vai mais como um momento de nostalgia.



Baixem Kyo[2000] Aqui

 Confiram Ils est temps, 1º single da galera

domingo, 15 de abril de 2012

La Grande Sophie - Des Vagues et des Ruisseaux [2009]

Encontrar algo para postar é sempre um desafio. Vocês não imaginam o quando é difícil, às vezes preciso refazer o percurso várias vezes. Com o trabalho que vos apresento agora, passei pelo mesmo processo. É engraçado que eu sempre me encontro quando me dou conta dessa característica de ser blogueiro/crítico. Eu lido com as emoções e eu preciso sentir o que posto.
Vos apresento Des vagues et des Ruisseaux, 5º disco da carreira da La Grande Sophie, um dos nomes da música francesa atual que muito me agrada, desde que ouvi o entusiasmante Et si c'était moi, de 2004 e me apaixonei. Foi difícil escutá-lo e degustá-lo, esse é um trabalho realmente de qualidade em letras, sonoridade e instrumentação.
Como já apresentei a biografia da Grande Sophie em outra postagem, vou falar mais diretamente desse trabalho. Realmente eu não ouvi sua discografia completa, mas as coisas são assim, depende do que eu acho, do que eu experimento, do que eu sinto por cada trabalho.
Esse disco é uma produção mais voltada para o acústico e com uma cara mais limpa, digamos assim, menos efeitos
eletrônicos e mais instrumentação. La grande sophie foi congratulada por toda a imprensa, obtendo o Grand Prix da Academia Charles Cros. Merecido realmente, a exemplo de sua performance, a faixa Quand le mois d'avril ganhou prêmio de melhor canção do ano.
Para mim, pelo pouco que eu conheço da Sophie é de se esperar algo tão bom quanto esse trabalho, um misto de sensibilidade, poesia, sinceridade, leveza e ao mesmo tempo, força. Sinto cada melodia de suas canções, elas realmente me tocam, vem a tristeza e a melancolia, um pouco de alegria e ao mesmo tempo de contentamento com os maus momentos, com as decepções, mas também de uma tomada de decisão para que as coisas mudem, de acordar para as muitas situações e de lidar com elas. Deu prazer em descobrir esse trabalho.
Aqui La grande sophie apresenta-se amadurecida, inevitavelmente, na sua musicalidade e nas letras, boa parte escrita por ela mesma. Um primor! Precisei acompanhar cada música para entender realmente os significados dessa produção contagiante. Pode-se notar uma grande carga de classicismo e simplicidade nesse álbum, o lançamento do primeiro single, "Quelqu'un d'autr
e" já demonstrava que coisa boa aguardava os adeptos de suas canções e eu confirmo tal feito. Sophie chamou Edith Fambuena (ex-Les Valentins) para trabalhar como sua produtora e esta o enriqueceu bastante, criando uma série de arranjos ricos e complexos de instrumentos como cordas, bateria, piano e tinkling bells (sinos pequenos). "Des vagues et des Ruisseaux" tem uma batida mais clássica, como disse antes, oferecendo um estilo mais acústico do que os álbuns anteriores da Sophie, habituada a misturar estridentes riffs de guitarra e um humor latente e animador. Vale lembrar que ela arriscou-se e muito bem no clássico, apostando na tradicional chanson française, trazendo uma regravação de Dis quand reviendras-tu? da consagrada Barbara, última faixa do disco que começa triste e inusitado com um tango retrô em Pardonner, perdoar em português, alertando-nos, alguém que se foi estará no centro de Les vagues et des ruisseaux (algo como Ondas e Escorregadas) onde ela fala do homem de (sua) vida nessa faixa-título, guiada pela atração desastrosa causada pelas estrelas da sedução, uma experiência complicada, evocada na faixa Les Pouvoirs de la Tentation, sem falar no tapa recebido em Ce jour-là, as coisas simplesmente acabam. Pude perceber a ausência, desleal, cruel e injusta do ser amado em Tu n'as pas cherché, oitava faixa do CD, triste, melancólica, mas muito, muito gostosa de ouvir. As coisas se animam um pouco, pelo menos em questão de melodia em Dans le show business, onde a vida e as decepções do mundo artístico são atestadas. La Grande Sophie ainda nos surpreende com a doce e suave La valse des adieux, com vocais introdutórios que parecem mesmo um funeral, mas eis que surge uma esperança para aqueles que idealizam e que amam, percebi um certo desdém de sua parte, um amargor na constatação feita, muito bom. E como não falar, por último da inesquecível Quand le mois de Mai, segunda faixa do disco e excelente escolha para um dos singles. Como eu diria em francês, "Ce n'est que du bonheur écouter La grande sophie", realmente, um disco grandioso como a artista que La Sophie tornou-se. Muita emoção em melodias criativas que definitivamente marcarão a todos os corações destemidos. Deleitem-se meus caros leitores.
La Grande Sophie - Des vagues et des ruisseaux (AZ-Universal) 2009
.


Olha aqui o link para o disco da Sophie.

E confiram
Quelqu'un d'autre, ambientada por um criativo clipe.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

In-Grid - Lounge Musique [2010]

Vamos seguindo que eu tenho muita coisa pra mostrar para vocês caros leitores. tentarei fazer uma postagem mais curta :-) dessa vez.
E abril receberá uma deliciosa surpresa musical, a nosso conhecida In-grid, veterana na dance music, trazendo-nos um trabalho diferente, intitulado Louge Musique. Uma compilação produzida pela Soundeluxe, trazendo uma nova perspectiva na carreira da In-grid, que se aventura talentosamente pelo caminho da Lounge music, chillout e do Easy Listening. Ritmos fáceis de agradar, músicas suaves com cara de dias de sol e mar.
Lançado em dezembro de 2012, me lembro que estava no verão e como eu não tinha muito tempo, tive de deixá-lo para depois, mas ei-lo aqui. Esse disco é um primor para quem gosta de um estilo de música mais "um drink a beira-mar, com amigos ou alguém especial".
Eu gostei muito desse trabalho da In-grid, uma viajem pela calmaria da brisa do litoral, sua voz sensual e forte, com a mistura do sotaque italiano no francês são uma fórmula poderosa para leitores de bom gosto, sem esquecer que a instrumentação desse disco é primorosa, não deixou nada a desejar. Como falei esse trabalho é uma re-leitura de grandes êxitos da música francesa, com exceção de duas faixas, que são cantadas em espanhol, Quiero vivir e Tentacion al hombre. As demais são todas em francês, e os destaques vão para Comment te dire adieu da Françoise Hardy, grande hit dos anos 60 e 70, depois temos C'est la Ouate, hit de 86 cantada pela Caroline Loeb, In-grid nos apresenta ainda uma calma versão de C'est si bon do saudoso Yves Montand, com um belíssimo saxofone acompanhando e um arranjo bem colocado. Les enfants du Pirée é outra faixa que merece comentários e ficou simplesmente linda, marcante, uma de minhas preferidas, interpretada originalmente pela saudosa Dalida, foi lançada em 1960, e a In-grid conseguiu deixa-la inesquecível! Eu continuo minha viajem musical falando de L'été Indien, do Joe Dassin, ícone dos anos 70, lançada em 1975, foi também re-interpretada competentemente por nossa artista, digo sem êxito que ficou memorável, a percussão e acordeon ficaram muito bem casados. Sympathique, da Edith Piaf, regravada pela Pink martini, aparece aqui em uma versão bem agradável, meio cinematográfica eu diria, ah e me deixem comentar a inusitada, Papillone, em versão Fab samperi remix, re-editada de seu último disco, Passion. E por último eu falo de Etienne, canção de 1987, interpretada originalmente pela atualmenbte desconhecida Guesch Patti, mas sucesso na década de 80, com essa canção que chegou em 1º lugar nas paradas de sucesso, muito bonita realmente. Esse disco tem ao todo, 14 faixas de puro êxtase, destaquei apenas as que mais me emocionaram. Espero que gostem. Abraços. Muito difícil encontrar informações sobre esse disco, as faixas Alchimie e Ange ou diable, parece que são dela, não obtive informações de que pertenciam a outros intérpretes. Caso venha descobrir, posto aqui. :-)





 
*crédito das imagens ao site http://promodj.com/ingrid


Baixem o disco da In-grid Aqui

E ouçam a belíssima "Les Enfants Du Piree":