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domingo, 30 de agosto de 2009

Various Artists - L'amour 2008

E encerramos o mês de agosto, que por sinal está atrasadíssimo, com essa coletânea lançada recentemente pela Som Livre. A maioria de nós, antes do advento da internet, só conhecia músicas francesas de décadas anteriores, tendo pouquíssimo ou nenhum contato com produções atuais. me sinto lisonjeado diante dos elogios em oferecer a oportunidade de muitos internautas. Brasil a fora a conhecer algo mais que "os da antiga", o trabalho com o blog tem sido gratificante. Eu particularmente já fui menos fã dos antigos hits, mas hoje tenho uma visão melhorada, reconhecendo seu potencial artístico e cultural. essa coletânea escolhida para hoje se chama L'Amour,Amore,Amor e reúne clássicos das música francesa, italiana e hispânica dos últimos tempos. Lembrando que as francesas sempre são defasadas, representadas por no máximo hits dos anos 80. Mas, o que esperar de uma empresa como o Globo, com sua sensibilidade? ;-)Lembrando que o disco aqui criticado é o primeiro, intitulado L'amour.
Bem, em todo caso já ajuda a divulgar um pouco mais o francês, visto ser uma novidade, uma aluna minha encontrou a coletânea disponível nos camelôs, (risos), está acessível ao grande público.
Bem eu a escolhi pela seleção de artistas, que ficou boa, porém não excelente e vou dizer porque. Ela começa com Tous les visages de l'amour, versão do ainda vivo e competentíssimo Charles Aznavour que nos apresenta uma bela versão da música She, gravada por ele em 1974, regravada mais tarde em inglês, por´porém sem grande sucesso e regravada, em1999 pelos Elvis Costello, para trilha sonora de Nothing hill onde ganhou grande projeção. Em seguida temos a sensual e polêmica Je t'aime moi nom plus, em dueto com o Serge Gainsbourg e seu par, a cantora Jeane Birkin. Esse hit gerou polêmica no final dos anos 60. Femme como Femme, do memorável e ainda vivo Adamo, nos brinda com uma belíssima melodia, sucesso no Brasil em meados de 1969/70. Capri c'est fini é a próxima, cantada pelo Hervé Vilard, tornou-se hit do verão de 65, passando a ser conhecida em outros países. La question, dá seguimento ao disco, um das mais belas selecionadas, é a faixa 2 do 11º disco da Françoise. Produzida com ajuda de uma amiga brasileira, chamada Tuca, já falecida, La question é um hit que vale a pena conferir e pasmem fez parteda trilha onora da novela Selva de Pedra!! :-O. Ne me quitte pas, é a próxima faixa, sendo apresentada a versão original de Jaqcques Brel, algumas coletâneas pra download na internet anunciam que é o Gilbert, mas eu conheço o Brel onde quer que eu esteja ;-), poucos conseguem sua dramaticidade. E vamos em frente com a faixa 7, La vie en rose, que nessa coletânea é uma versão em inglês do Louis Armstrong, nada contra ele, mas o que ele faz num disco de música francesa? Só a Som livre, uma empresa da Globo pra tratar com esse desleixo a música francesa, estive no site e nada de informação sobre esta coletânea estava disponibilizado. Bem vamos em frente, desta vez com Un jour, tu verras, da saudosa e talentosa Maysa, cheia de emoção e um ar de tristeza, essa música Georges Moustaki é o próximo artista a figurar nesta coletânea com a famosa Joseph, com vocais femininos de fundo e a sua marcante voz serena um som sessentista que nos leva pra longe no tempo, até 1969 Noussa! Pasmem ele fteve un affair com Piaf e escrveu-lhe uma de suas músicas mais famosa, Milord. La chanson pour Anna é a próxima faixa, toda instrumental, é uma gravação do Pierre Brachelet, triste muito triste essa música. Emmanuele song é a faixa 11 e sinceramente não é uma de minhas preferidas, não gosto da melodia dela. L'amour est bleu, hit instrumental do orquestrador Paul Mauriat famoso por suas produções sofisticadas, também entrou na tracklist, a meu ver contribuiu pouco, outra música instumental, noa empolga quando se quer ouvir o idioma certo? Que é isso, que falta de imaginação. Continuando sem falar que somos agraciados a dramática e antiquada Dolannes melodie, que mais parece tema de novela mexicana das antigas, decepcionei! Para terminar o disco temos L'hymne à l'amour da Piaf em uma versão nao remasterizada com audio bem ruizinho, que sinceramente não empolga. Eu teria colocado músicas mais significativas nessa coletânea, mas o que esperar da Som livre não é? Bem, pleo menos valeu a tentativa, nunca é demais uma coletânea de música francesa.
Vou dar só 3 estrelas, nao acho que valha mais que isso.


Baixe o disco aqui

Deixo-vos com uma das músicas que mais gostei desse disco. La question, Françoise Hardy


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Damien Saez - Jours Étranges 1999

Oi gente! Me desculpem a demora nas atualizações, me faltou inspiração. Bem mostro-lhes agora considerações sobre Jours étranges do Damien Saez. Conheci o Saez através de um video-clip, que na época passava no canal, TV5. Graças à uma fita de vídeo gravada por um professor amigo meu, tive a oportunidade de conhecê-lo, pela primeira vez, através da musica Jeune et con, que tinha a menininha vestida de anjo, pulando na cama elástica e um monte de jovens franceses em situações diversas. Oficialmente chamado Damien Saez, nosso artista nasceu em 1º de agosto de 1977 em Saint-Jean-de-Maurienne (Savoie). Autor-compositor-interprete e instrumentista, possui uma carreira sólida e marcante. Apresentando-se mais no estilo rock principalmente, porém varia as vezes entre o pop, a música de variedades, com textos marcantes adornados pelas batidas eletrônicas de quando em vez. vale lembrar de certas pitadas de instrumentos em uma roupagem mais musica clássica.
Ele surgiu na cena musical francesa em 1999 com o single Jeune et Con, primeira faixa desse disco. Mas, muito antes já demonstrava interesse por esse universo, compondo e tocando em pequenas produções. Os demais títulos desse disco não ficam atrás e demonstram criatividade a partir de união de letras cheias de lirismo e rebeldia juvenil pós-adolescência, à baladas e um rock. Estiloso e bem arranjado Jours Étranges é um disso que tenciona entre o melancólico para o sombrio as vezes, nos levando por uma atmosfera marcante. A voz do Damien é um mix de inocência e intensidade de um jovem adulto, culminando com uma sonoridade estridente em alguns momentos. Bem divulgado nas radios e canais de música, esse disco chamou de imediato a atenção do público. É interessante observar que o Saez divide vários sentimentos que são comuns à geração da época, que como ele cresceu após os anos de tensão entre soviéticos e americanos, e a morte das ideologias proclamadas pelas elites. a reivindicação da antiga canção francesa é outro ponto importante desse disco. Ficou bom, mesmo com certa falta de estética.
Não vou mentir que o pop é mais minha cara que o rock, mas de maneira alguma poderia deixar o Saez fora do blog, visto a qualidade de suas músicas. Jours étranges alcançou boa vendagem, alcançando marca que lhe conferiu o título de Duplo disco de ouro e artista revelação do ano pro Saez no Victoires de la Musique de 2001. Os destaques vão para as faixas Jeune et con, Sauver cet étoile, tensa, mas com um fundo eletrônico que ficou muito bom. Je veux m'en aller é outra proposta interessante do disco, merece destaque, Crepuscule é outra faixa que vale a pena ouvir, seguida de Soleil 2000. Jours étranges, um disco cheio de poesia, de letras marcantes. Descobram-no.


Baixe o disco aqui


Vídeo da música Jeune et con:


sábado, 22 de agosto de 2009

Alexandre Varlet - Dragueuse de fond [2003]

Ça va? Olá pessoas, a quanto tempo einh?! Peço perdão pela demora, mas infelizmente tive pendências em minha vida acadêmica e profissional a resolver. E mesmo precisei de um tempo para me decidir por quem postar, são tantos nomes. Dentre eles eu vou destacar um artista que manda muito bem, ele se chama Alexandre Varlet. Este é seu segundo álbum, um verdadeiro achado para quem deseja conhecer mais e mais a música francófona, especialmente a francesa visto que nosso cantor é francês.
Dragueuse de fond é um disco de letras intensas, de musicalidade um pouco sombria, retocada por uma instrumentalização elaborada e a voz marcante e grave de Alexandre, porém predomina-se
um estilo que mescla rock-folk. Eu só precisei ouvir uma vez para me agradar, uma pena que seu trabalho seja pouco divulgado, apesar de muitos fãs estarem surgindo. É raro informação sobre ele. Fiz uma maratona por sites pra descobrir algo a mais sobre nosso jovem talento.
Após um acidente que quase o leva a morte, Alexandre varlet envereda-se pelo caminho da música, lançando-se timidamente no cenário artistico, lá por volta de 1998, com o disco 'Naïf comme un coteau'. Após o rompimento com sua gravadora, devido a questões de vendas, ele viria a lançar um novo álbum apenas em 2002, dando a luz a esta pérola, chamada Dragueuse de Fond. Destaco as faixas Le Q dans da coquille, Parfume, Lune rousse acoquinée e Ce jour (a quoi rien ne ressemble). Esse disco eu aconselho, vocês, apreciadores de boa música, serão certamente arrebatados pela melancolia contagiante do Alexandre e se deliciarão com sua poesia em forma de canção. Atualmente ele esta envolvido em projetos como a trilha sonora de um documentário Howwarah, une famille en palestine.
Página oficial: http://www.alexandrevarlet.net/index.php?cat=3


Baixe o disco aqui


Tudo desse cara é difícil, não achei um clip sequer desse disco nossa! Aqui vai uma apresentação da faixa Espèce de chien: