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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Emilie Simon - Dame de Lotus EP [2007]

Todos sabem que gosto muito do trabalho da Emilie Simon, sou suspeito a falar. Esse lançamento que vos trago hoje é bem raro de achar para baixar e você encontra as faixas separadas para comprar. Não o achei inteiro, em CD físico, em geral fica como item de colecionador e ai já viu o preço. Consegui esse disco graças ao pessoal do Torrent 411, finalmente achei esse material completo. E disponibilizo agora para todos os que visitarem o blog.
Bem, falando um pouco desse trabalho, Dame de Lotus, ou a Senhora do Lotus, é um dos singles do álbum Végétal, lançado em março de 2006 e como os demais trabalhos da Emilie, apresenta-se como um trabalho excepcional, música eletrônica de primeira qualidade. Mas, o formato que eu vos apresento aqui chama-se EP, ou seja, na linguagem
do mundo musical EP significa Extended play (EP), uma gravação em vinil ou CD que é longa demais para ser considerada um compacto (single), e muito curta para ser classificada como álbum. Normalmente um álbum tem oito ou mais faixas e tem duração que varia entre trinta e sessenta minutos; um compacto tem de 01 a 06 faixas e geralmente tem uma duração típica de dois a quinze minutos; um EP tem entre duas e oito faixas (somando os dois lados de um EP de Vinil ou o total de Faixas de Compact Disc EP Single) e duração de 03 a 40 minutos. Alguns artistas preferem chamar um EP de mini-álbum para dar um significado maior ao seu trabalho ao invés de ser classificado apenas como mais um aditivo em sua discografia.
Dame de lotus, assim como as demais faixas o disco, marcam um certa diferença em relação aos primeiros trabalhos da Emilie, o visual do CD ainda lembra o anterior Emilie Simon[2003] e eu o achei inovador e inteligente, com um alguma coisa de um pouco Björk, a roupa de Gueixa no Clip ficou bem referencial, mas com a assinatura dela. Esse EP é composto de 3 faixas, Dame de lotus em nova versão e Tom VDH, com instrumentação diferente, sem as batidas eletrônicas e Never fall in love como um B-side em versão Oldies, diferente da do disco, estando essa como faixa 11 no álbum. A letra de ambas canções dispensam comentários, muito criativas e inteligentes, sai amos do comum mundo pop meus caros, através da magia
A capa desse EP é uma foto em high definition do Clipe, em geral eles preparam fotos específicas para os singles, às vezes encontradas no encarte do álbum, mas ficou criativo uma imagem do clipe, que por sinal é todo digitalizado com uma animação em vetorial. Uma produção a mais na discografia da Émilie que vale a pena conferir.


Baixem o EP da Émilie aqui
Já advertendo que essas faixas são raras, ou você compra ou tchau!! Não estão em sua melhor qualidade, caso eu achei outras Upo aqui. Abraços

Assistam ao clipe de Dame de Lotus.





quarta-feira, 20 de julho de 2011

Thierry Amiel - Thierry Amiel [2006]

Eu baixei o primeiro CD desse cara sem muitas expectativas, mas esse seu segundo trabalho, me soou bem, bem melhor. Estou falando de Thierry Amiel, pela primeira vez postado aqui no blog, diante de tantos nomes, eu realmente curti seu som.
Nascido em 1982 na cidade de Marseille, filho de pai policial e mãe assistente materna em uma família de 3 irmãos, direcionou-se logo cedo para o mundo da música. Desde a adolescência enveredou-se por esse caminho, culminando com uma passagem pela Bouches-du-Rhône onde aprendeu técnicas básicas de canto. Realmente o cara tem voz marcante, muito boa, melodiosa, meio cantor de antigas canções, e lembra o Jonatan Cerrada. Depois de cantar em 2 óperas locais, ele segue os estudos de música aprendendo piano e violão na escola de Alice Dona. As excursões continuam, como pequenos concertos e apresentações, o Thierry gostava muito de interpretar grandes nomes anglófonos da música, mas a prata da casa também contava em suas performances. Ele segue carreira tornando-se cantor de orquestra, e segue em outros empregos, chagando até a faculdade de Psicologia e vendedor.
As audições em programas de talentos vêm em seguida até que ele se inscreve, graças a intervenção de seu irmão, no programa
À la Recherche de la Nouvelle Star edição de 2003. Ele consegue se projetar bem, mas perde o programa para o Jonatan Cerrada.É engraçado ambos loiros, com carinha de neném, apesar do Jonatan ter um perfil mais masculino que o Amiel, mas ambos com vozes diferentes e marcantes. Ainda sim o Thierry não deixou de ter uma carreira promissora. Ele faz parte de uma safra de artistas descobertos justamente por esse tipo de evento televisivo, extremamente comercial, mas que prova competência, não posso negar, na descoberta de talentos.
Nesse segundo trabalho, o Amiel traz algo mais intimista, como a maioria dos artistas acaba fazendo fazendo e esse disco se torna sua prova do contrário, algo que diz, bem passei pelo primeiro disco e provei que tenho relevância na música. Thierry Amiel é uma produção mais voltada para o rock e até synth-pop, bem diferente do primeiro trabalho, que rendeu-lhe considerável notoriedade alcançando um bom número de vendas.
Lançado em 20 de novembro de 2006, seu álbum epônimo, é definitivamente influenciado pelo Wave e Britpop, dois estilos que eu particularmente gosto muito. Temos aqui participações de Jean-Pierre Pilot, na faixa Suède por exemplo, Benoit Pohere e por último Daniel Darc, colaborador do primeiro single Cour Sacré. O Thierry Amiel também tem sua participação nos textos com a colaboração de Axelle Renoir nas faixas Qu'on en finisse, Prendre mon âme. Esse disco obteve já no mês seguinte a seu lançamento certificação de Disco de Ouro, ocupando a 16ª posição nas vendas na França. Eu gostei bastante, músicas mais agitadas e mais calmas, como L'Amour en face, muito bonita, nossa que música tocante, nota 10! Infelizmente saiu apenas como single digital em 18 de junho de 2007, não tendo uma versão promo nem maxi física para venda.
Interessante que na turnê de promoção de Thierry Amiel[2006], no Olympia, exatamente nos dias 21 e 22 de maio, teve o Amiel cantando
Take on me do saudoso A-ha, mostrando sua inclinação para o wave. Muito bom, ele ganhou pontos comigo, eu curti muito esse CD e recomendo. Destaco ainda as faixas Soleil Blanc, com arranjos e melodia carregados de influências synth e uma mistura gostosa com o pop-rock e Prend mon âme com arranjos eletrônicos e um encadeamento sonoro meio experimental que eu gostei também, tudo isso com a voz dramática e suave do Thierry que mostra a sofisticação da música pop francesa. Estilos: Pop, Synth-pop, Rock-pop, Wave. Conheçam mais detalhes sobre o Amiel nesse endereço: http://fr.wikipedia.org/wiki/Thierry_Amiel



baixem o Cd do Thierry Aqui

Assistam a uma bela e emocionante apresentação de L'Amour en face no Trabedo Session. Muito bonita.


domingo, 17 de julho de 2011

Blankass - Elliot [2005]

Vamos de rock? Vamos. Eu curto muito o som desses caras, tem cara de saudosismo, de viajem estrada a fora. Eles possuem vários CDs, mas eu escolhi esse aqui por ser, digamos, mais atual e bem criticado. Criado em 1990 o Blankass fez considerável sucesso nessa década e foi fundado pelos irmãos Johan e Guillaume Ledoux. Eu os descobri graças a essa projeção, eles acabaram na lista de canções de uma compilação enviada pelo consulado que trazia uma bela canção deles, foi marcante, depois posto o disco deles, que escutei primeiro.
O nome Blankass é o diminutivo de 'blanc-cassis', um aperitivo feito com vinho branco e blackcurrant. Curioso não? Eu nem esperava descobrir o significado desse nome, mas ao fazê-lo tinha de incluir aqui. Eles apresentam um rock mais leve, mais música, melodia, nada berrante, algo misturado ao bom e velho folk. O acordeon que é marca registrada do Blankass foi deixado de lado e temos a participação maior de outros instrumentos como gaita de boca(conhecida também como Harmônica), as guitarras, teclados e a Melodica. Uma música sem concessão e cheia de reivindicação, realmente são conhecidos por apoiarem causas que consideram relevantes. O grupo teve várias mudanças de componentes, o time antigo era formado por Nicolas Combrouze, Olivier Robineau, Nicolas Bravin e François Poggio, além dos irmãos é claro. Atualmente constam na banda Guillaume Ledoux Bruno Marande, Johan Ledoux, Philippe Ribaudeau, Cédric Milard e Charlie Poggio.
Recentemente participaram de apresentações que tinham o objetivo defender o Tibet por exemplo, assim como a causa dos estrangeiros na Europa, gravando inclusive uma faixa no CD do GISTI ( Grupo de Informação e suporte aos Imigrantes) em português, envolveram-se na causa do menino mongol Zolboot e sua família, ameaçados de deportação, foi um caso que repercutiu bastante na França. Mais informações podem ser adquiridas, em francês é claro, nesse site: http://www.unapeda.asso.f/article.php3?id_article=408.
Lançado em 15 de outubro de 2005, pelo selo Up music, Elliot, 4º disco da banda, recebeu esse nome por conta de um artista admirado pelo Blankass, o Elliot Smith, conhecido músico e compositor de rock norte-americano que morreu aos 34 em 2003. Saibam mais sobre ele aqui. Eles ganharam prêmios pela relevância de seu trabalho, digam-se bem merecidos a citar: O Prêmio Roger Seiller como Grupo francês do ano em 1997 e o Troféu Radio France Perigueux, prêmio de canção do ano também em 97 e concorreram no Victoire de la Musique em 1997 na categoria de Grupo revelação no ano e em 1998 como Grupo/ banda do ano.
Falando um pouco desse trabalho, podemos dizer que Elliot é um disco que conserva as características do Blankass, textos menos revolucionários para alguns, mas ao analisar as letras eu percebi sim mensagens inspiradoras na maioria deles. Letras simples, mas cheias de inspiração,
de contestação até, como podemos observar nas faixas Soleil Inconnu e Fatigué, podemos ver ainda uma história de amor que terminou mal nas faixas Ce qu'on se doit e Au costes à cotê. Mesmo abordando esse tema ficou muito poético e não podemos esquecer de canções realmente excepcionais, bem 'tubes' (hits em inglês), a citar Qui que tu sois com a participação da Manu, Je n'avais pas vu, a competente e frenética Mon Drapeau e a marcante Le Passage, que na verdade, não passa, fica na nossa mente, tocando bem fundo em nossos corações. Minha preferida desse disco.
Muito bom esse trabalho dos meninos, espontaneamente bem escrito, com belas composições, melodias marcantes. O que vocês estão esperando para baixar? :-) Boa audição. Mais sobre o Blankass aqui: http://musicbrainz.org/artist/3c18062e-27bd-4532-8a91-9889477a3533.html ou no site oficial: www.blankass.com


Baixem o CD aqui

Assistam e ouçam a nostálgica Qui que tu sois

terça-feira, 5 de julho de 2011

Saya - Comme une femme [2009]

Um disco bom, muito bom de ouvir. Bem comercial, mas era o que eu estava afim de ouvir e passar adiante e foi ele. Muito boa essa Saya!!! Seu último lançamento, que infelizmente não teve tanta repercussão o quanto esperado, mas realmente foi um bom trabalho na minha opinião.
Esse disco tem uma tendência mais pop/rock com uma variedade de arranjos eletrônicos que dão um ar bem moderno a essa música francesa que surge. Lançado em 15 de Junho de 2009, Comme une femme, marca uma clara ruptura de estilos na carreira da Saya se comparamos aos trabalhos anteriores, sendo este trabalho uma exclusiva coletânea de baladas pop-folk ou pop-rock falando de amor.
Temos uma Saya sensível e frágil para com este poderoso sentimento, ela possui a imagem da mulher moderna, frágil, sensível, apaixonada mas sem submissão e sem vulgaridades. 3 singles foram retirados desse álbum, a saber, Je pense à toi, Tu aimeras et Je m'envolais, classificando-se o primeiro single citado em 7ª lugar, ainda em 2006, nos top de singles franceses, obtendo uma considerável performance no mercado e entre o público é claro.
Uma pena o fraco desempenho deste CD, é muito bom, segundo críticos de música, houve uma má divulgação dele e o espaço de tempo entre os singles e o álbum não ajudou o público a manter forte a presença da artista nos lançamentos. Eu ainda destaco outras faixas memoráveis deste trabalho, como Je te donnerai, melodia fácil, letra apaixonada, Près de moi, faixa 5 do disco e por último Ne m'oublie pas, faixa 13 e última do CD, um verdadeiro pedido 'não se esqueça de mim", bem calminha e melosazinha, ideal mesmo para fim de CD. É isso pessoal, apesar dos clichês, esse disco é muito bom mesmo. Confiram. Visitem a Saya na internet: www.sayaonline.net


baixem o CD da Saya aqui

Assitam à Je m'envolais


Clip France Bleu "Saya - Je m'envolais" por francebleu