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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Teri Moïse - Je serai Là [Single] [1996]

Oi pessoal, como estamos? Eu atrasado como sempre, mas vamos que vamos. Por incrível que pareça a Teri Moïse, sumida a tempos, é uma das artistas francesas/francófononas mais conhecidas dos brasileiros. Incrível como suas músicas foram eternizadas entre nós. E ela ficou famosa, justamente por uma música em especial, é esta que vos trago hoje para encerrar as postagens do mês de Junho, Je serais là, da qual finalmente consigo o single em versão 2 títulos, como chamam na França. Esta bela canção foi lançada em 1996, e eu a descobri por causa de um programa de música francesa, que ainda existe nos dias de hoje, e que fora apresentado por um antigo professor meu de literatura francesa, muito competente e compenetrado na ministração da disciplin ela nos brindou e brinda com belíssimas canções. Tempos depois eu soube em que CD estava essa música, bendito Génération Française 3[1998], coleção lançada pelo Cavilam, para divulgação da música francófona mundo afora. Este hit projetou a Teri Moïse ainda mais, e não é para menos, essa música é simplesmente linda, bem produzida, arranjada e claro muito bem interpretada pela nossa saudosa Teri. Esta fala do amor incondicional que um pai/mãe sente por seu filho/filha. Uma verdadeira declaração de amor materno. Emocionante.
Lançado em 14/12/1996, esse single
alcançou as seguintes posições nos charts francófonos da época: #4 Bélgica, #8 França. Essa versão contem 2 faixas, a versão clipe, que não se encontra no CD oficial e uma segunda e belíssima versão acústica de Je serais là que abrilhanta ainda mais esse trabalho. Até o presente momento nenhuma informação nova de nossa estimada artista consta nos altos digitais, infelizmente. É triste constatar, mas gente boa acaba sumindo ou encerrando a carreira cedo, que foi o que ela parece ter feito. Cinco estrelas com certeza para esse trabalho da Teri. Abraços a todos, aguardem mais postagens estão a caminho.


Baixem o single aqui

Assistam a um achado que fiz pela internet a algum tempo, um trecho de sua turnê de 97, graças ao Taratata. Confiram o talento!


Teri MOISE : Je serai là - MYTARATATA.COM
TARATATA N°162 (Tour. 12/03/97 - Dif. 01/05/97)


sábado, 25 de junho de 2011

Bertrand Betsch - Pas de Bras, Pas de chocolat [2004]

A cada postagem vivo dilemas reais, posto alguém já conhecido ou algo novo, de lançamento ou ainda inédito no blog? Bem, desta vez fiz uma pequena excursão pelo que já tinha e pelo que poderia ser interessante e aí, me direcionei pro Bertrand Betsch, que já estava em minha pasta de downloads e ainda não tinha ouvido direito, e vos digo com certeza que foi uma excelente escolha.
O artista da vez é cantor, compositor e escritor de origem francesa, nascido em 12 de setembro de 1970.
Surgindo em fins dos anos 90, Bertrand não conseguiu de imediato a projeção merecida. Seu 1º disco foi lançado em 1997 com o título de La Soupe à la grimace (pela gravadora Lithium), em seguida, sai em turnê (França, Bélgica, Suíça, Espanha), depois de problemas com a voz ele volta ao mundo da música com seu segundo trabalho, lançado em 2001 com o título de BBsides, composto por canções covers, instrumentais e alguns títulos inéditos. Em 2004, ele muda de gravadora e lança seu terceiro trabalho, intitulado 'Pas de Bras, Pas de Chocolat'[2004] ( que poderia ser traduzido como "Sem braços nem chocolate") pelos selos / Virgin / EMI, sendo este bem aclamado pela crítica. Não é à toa que o escolhi para compor nosso rancking.
O que me agradou no Bertrand foi seu estilo que me soou inovador, mesclando um minimalismo sintético cujo ponto de origem seria, sem dúvida, a ondulação, e os impulsos mais festivos e tradicionais do Thomas Fersen, bem conhecido pela trilha sonora do filme Le Fabouleux Destin d'Amélie Poulin[2001], mas esse disco é realmente uma fanfarra musical repleta de estilos passando pelo Jazz e raggae, mas com uma certa coerência no final, bem agradável, com algum traço de psicodelismo, eu diria "Superbe'. Os textos deste álbum, são marcados por uma melancolia sombria, de início não ficou tão evidente, mas depois, pude perceber tal característica muito bem. O cinza aparece entre o colorido aparente das melodias. Não é à toa que um de seus livros chama-se La tristesse durera toujours[2007]. Eu destaco as faixas Pas de bras, pas de chocolat, Les passe-temps, Le lundi c’est maladie, e títulos bem evidentes diga-se por sinal. Bertrand Betsch é um nome pouco conhecido na nova cena francesa, pelo menos fora da França, seu discos posteriores marcaram uma considerável evolução, ele foi finalista no Prix Constantin em 2005, onde ele interpretou a faixa Tournicotons, o que lhe rendeu certa notoriedade. Esse disco foi uma experiência considerável para meus ouvidos ávidos por novidades, os arranjos foram produzidos pelo próprio Bertrand e o Hervé Le Dorlot, e as letras por nosso competente intérprete, exceto as faixas 3/7/8/10/11 que contaram com a ajuda do Dorlot. 16 faixas sendo 12 inéditas e 4 versões: Pas De Bras, Pas De Chocolat (Version Disco), Music Don't Stop (título extra inédito que ficou junto às faixas versões), Les Petits Mammifères (Version Piano), Des Gens Attendent (Light Version), Temps Beau (Couleur Coquelicot). Ah, não posso esquecer de uma última consideração, como recebo muitos e-mails de aprendizes da língua francesa, aconselho o Bertrand por seu acento muito bom, claro, a pronúncia das palavras, a entonação muito bom também. Tá aí uma boa pedida musical. Ah esse tá de trabalho novo e chama-se Le Temps qu'il faut pelo selo 03H50, data de lançamento 10 outubro. Querem saber mais sobre o Bertrand? http://www.bertrandbetsch.fr


Baixem Pas de Bras, Pas de chocolat aqui

Confiram uma pequena apresentação do Bertrand Betsch feita ano passado em Lyon. Depois uparei um vídeo com músicas desse cd, procurei muito, mas não achei, terei ode eu mesmo fazê-lo. :-) Merci


Bertrand Betsch - Concert Lyon 17.10... por cachardl


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Various - Mon Amour [1982]

Eu ia esperar mais um pouco para postar esse disco, mas me inspirei ao ouví-lo e decidi fazê-lo, sei que muitos gostaram de tê-lo, pronto justificado. É interessante que mesmo repleto de velhas canções, essa coletânea, lançada pela globo a décadas atrás, possui uma notável seleção de grandes clássicos da música francesa. Acredito que a som livre seja a única gravadora vinculada à uma emissora de TV que publique coletâneas com música francesa. Ainda sim muito bom pra gente. Sabe mesmo com o material disponível em mp3 internet afora, ver algum tipo de lançamento pelas vias formais dá uma notoriedade ao idioma, a música que tem lá seu valor. O problema no Brasil são as coletâneas que insistem em trabalhar exclusivamente com músicas antigas. Como se a música cantada em francês não tivesse evoluído. Saco ¬¬ Eu tô postando porque essas canções têm um valor sentimental pra mim ;-) Ainda me lembro do tempo em que estudava na cultura francesa e ouvia esses hits que já eram velhos naquela época, mas traziam uma magia ao ambiente que marcou-me para sempre.
Para os novos ouvidos realmente será algo estranho, talvez entendiante mas para os amantes da boa antiga música, ah , certamente apreciaram bastante essa seleção. Eu tenho minhas preferências nessa coletânea, mas todas tem algo especial, remontam a anos de marcante movimentação cultural, de mudanças sociais, e claro, magia e muito amor.
Começamos a lista de canções com a saudosa
Ma vie na voz de Alain Barrière de 1963, em seguida a belíssima Butterfly, interpretada pela voz macia do Daniel Gerard, e seguimos com a inesquecível Et si tu n'existais pas, interpretada majestosamente pelo Joe Dassin, que acreditem
vocês era americano, de Nova York, nascido em 38, ficou famoso com seus hits franceses, essa canção é de 1975, do disco
Le Costume blanc, ela foi um de seus grandes êxitos e rendeu-lhe bastante notoriedade. Irrestiblement é o próximo hit, na voz da Sylvie Vartan, uma das grandes intérpretes da canção francesa, ainda viva, possui uma longa carreira, tornou-se ícone nos anos 60 e alcançou a posição de artista cult, esta canção realmente comprova tal status. Temos ainda Adamo com a compenetrada Inch'Allah, Paroles, Paroles um belíssimo duo entre a já falecida Dalida e o Allan Delon que foi sucesso de 1973, sendo primeiro single do ábum Julien.
Continuando com nossa tracklist temos ainda uma pérola da antiga música francesa, Les Marionnettes com o Christophe, bem animadinha, é um dos grandes sucessos da década de 60, encontra-se no 1º disco do Christophe, Aline de 1965. A triste Emmanuelle, interpretada pelo Pierre Brachelet, também pode ser ouvida nesta coletânea, assim como a envolvente Love me please love me do Michel Polnareff, o subversivo David Bowie da França, com seu famoso look andrógeno, foi bem criticado, mas conseguiu vencer os carolas e figurar entre os grandes hits das décadas de 60 e 70. Temos ainda Natalie, cheia de swing, interpretada por Gilbert Becaud o conhecido
Monsieur 100000 volts. Depois temos a eterna Piaf com Non, Je Ne Regrette Rien e sua clássica interpretação, bem dramática na minha opinião, também se encontra aqui e para finalizar Un chant d'amour, Un chant d'été de 1973, na voz do Frederic François bem melosa mas, cheia de calor apaixonado que também nos faz lembrar os velhos e bons tempos dos discos de vinil, em seguida Richard Anthony canta um delicioso e animado Pot-Pourri: Nouvelle Vague_Donne-moi Ma Chance_C'Est Ma Féte_Tchin, Tchin_A Toi de Choisir_A Present, Tu Peux T'En Aller cheio de espírito Ye-ye-ye bem anos 70, cheia de músicas conhecidas, não consegui descobrir quem a regravou no Brasil, mas vocês reconhecerão de cara.
E por último, uma de minhas preferidas, Je t'aime moi non plus dessa vez na versão original, interpretada pelo saudoso Serge Gainsbourg e a Brigitte Bardot. Esta canção causou furor na época, e a versão contida aqui não foi lançada por que a marido da Brigitte, o industrial
Gunter Sachs, não permitiu sua vinculação, por isso uma segunda versão interpretada pela Jane Birkin foi produzida em 68 e fez um grande sucesso, inclusive um filme com o mesmo nome da canção foi produzido posteriormente, em 1976.
É isso pessoal, espero que curtam bastante esta produção que foi descoberta por mim, por acaso, durante minhas muitas pesquisas que me levaram ao site do Arnildo, o http://arnildosites.blogspot.com/ que está cheio de pérolas musicais de várias décadas esperando para que vocês confiram e se deliciem :-). O bom desse achado é que as capas do vinil foram transformadas em encarte para Cd, muito bom, dá pra imprimir e dar de presente, por sinal bela capa. Até a próxima postagem pessoal.


Vocês podem baixar o Mon amour aqui pessoal

PS: pessoal podem editar a faixa 14 ao baixarem o CD, pois eu esqueci e upei-o ainda com o título incluindo o nome da Jane Birkin, no encarte esse título foi mantido também, desculpem, mas eu só vi que era a outra versão, quando escutei tudo.

Confiram o clipe original de Paroles, Paroles, gosto muito dessa música.




segunda-feira, 13 de junho de 2011

In-grid - La vie en rose [2004]

Olá galera francófona que tanto aguarda por novidades. Perdão pela demora, mas vocês sabem, inspiração x tempo x disposição são uma mistura difícil de se conseguir. Estou sempre tentando compensar, mil postagens pra alcançar o mês de agosto, espero conseguir ^^
Mas vamos lá. Hoje vamos de In-grid, nossa querida italiana de alma francesa. Desta vez voltamos alguns anos atrás na sua discografia. Lhes apresento um de seus melhores trabalhos, o álbum La vie en rose, lançado logo após o sucesso de seu primeiro opium, Rendez-vous[2003].
O que acho interessante na In-grid, é que sendo uma artista mais ligada a euro-dance, ela tem uma bela e marcante voz, realmente demonstra talento para o canto, além claro de sua beleza tipicamente italiana que compõem um conjunto bem harmonioso o que me leva a considerar seu trabalho como arte realmente. Ela nos tem o que mostrar, realmente. A princípio pode enganar aos juízes de plantão. ;-)
Bem, como eu falei La vie en rose foi lançado logo após seu disco de maior sucesso, em novembro de 2004 pela
Zyx Records e muda de estilo significativamente, apresentando ao público ritmos mais suaves, uma mistura de chillout-jazz, repaginando grandes clássicos da música francesa como Millord, La vie en rose e Non Je ne regrette rien da Edith Piaf, Les feuilles mortes do Yves Montand, como também Ne me quitte pas do saudoso Jacques Brel e ainda La mer do consagrado Charles Trenet.
Enfim um amontoado de belas canções. Eu gostei de verdade das versões feitas pela In-grid, os puristas que me perdõem. Os arranjos e a instrumentação não ficaram devendo às antigas versões, pelo contrário, podem torná-las mais interessantes para as novas gerações. Aprovei-as completamente e tenho de citar o acordeon que foi completamente preservado e dá aquele toque francês que tanto gostamos.
Apesar de uma diminuída na velocidade de sua musicalidade, In-grid ainda canta algumas canções em versões mais animadas como Millord e Les Champs Elysées em versão dance mix, que preservam um perfil euro-dance.
Confiram e digam o que acham, d'accord? Abraços :-D


PS: Achei esse disco com duas tracklists diferentes, esse contem 13 faixas, apresentando 2 versões de Les Champs Elysees e não de Milord como as outras versões apresentam.

Baixem aqui o disco da In-grid.

E assistam a Milord, bem animadinha :-D e repleta de belas paisagens.