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domingo, 29 de janeiro de 2012

Dimitri from Paris - Sacré Bleu [1996]

Um som inusitado trago-vos hoje para encerrar Janeiro em alto estilo. Dimitri from Paris, já ouviram falar desse cara? Pois é, eu já e gostei muito de ouvir o som dele. Memorável!!! :D
Ouvi esse senhor pela primeira vez a muitos séculos atrás quando deliciei-me com a compilação Génération Française(1998) que trazia a nata musical daquela época e achei curioso aquela mistureba de blues, eletronico, house bem original e divertida. Muitos anos depois acho seu disco disponível para baixar e claro obtive-o na mesma hora e trago-vos nesse instante para vosso deleite ;-)
Conheçamos um pouco do Dimitri. Sua carreira teve início no Rádio, em 1986 na rádio francesa Skyrock FM, misturando funk com música eletrônica num programa chamado Skydance show. o Dimitri é um dos primeiros a introduzir o house em França. Suas mixagens são feitas com poucos recursos, mas ele mostra seu talento mixando versões de artistas como Etienne Daho, Julien Clerc, Goûts de luxe, tendo por influência grupos como Sugarhill Gang, Chic, Grandmaster Flash.
Em 1987, juntou-se ao famoso grupo radifônico NRJ, onde produziu um programa de house chamado NRJ club, junto ao grande mestre Smicky Rip (voz histórica da NRJ). Nos anos subsequentes novas edições do programa surgiram em horários diversos, findando em meados de 94, Dimitri foi convidado pela rádio em 1997 para refazer o programa, mas aí já com o lançamento de Sacrebleu houve a recusa da oferta
e a carreira musical do Dimitri falou mais alto.
O
reconhecimento do Dimitri pelo grande público se deu com o lançamento desse álbum Sacrebleu, lançado em julho de 1996, pelo selo Yellow Stereo. 90% das vendas deste álbum ocorreram, pasmem vocês, nos EUA, Reino Unido e Japão. Em 1999 ele lançou A Night at the Playboy Mansion, compilação famosa que foi produzida com o consentimento do fundador da revista Playboy, Hugh Hefner. Este álbum é uma síntese da música dos anos 1970-1980 (soul, hip hop e disco). Outro muitos títulos foram lançados em sua carreira, além de muita movimentação em clubes e festivais de música mundo afora. Mas apenas 3 cds contabilizam sua discografia própria, os demais são compilações de mixagens feitas pelo Dimitri sozinho ou em parceria com outros Djs, cerca de 17 discos, interessante! Dele mesmo temos
Sacrebleu, 1996, Cruising Attitude de 2003 e In the House of Love de 2006.
Turco de origem grega, nosso artista cresceu na efervescência da televisão na sociedade nas décadas de 60 e 70 e os clássicos da dramaturgia e do entretenimento o influenciaram decididamente. O toque francês do Dimitri dá à essa música, fruto da mistura de outros ritmos, um ar gentilmente revolucionário e pioneiro a um trabalho conceitual eu diria, se pensarmos que foi produzido a duas décadas atrás.
Ao contrário de seus
companheiros de expressão francófona, sua seleção baseia-se mais no estilo Easy-listening que no disco-funk, mas que também demonstra sabedoria em seu uso. Sacrebleu é tão sutilmente 'demodé' quanto o título sugere, mas também moderno e inovador. Assim como o hit "sacré français", que usa o sussurro da voz de Lolita e sua inocência perversa, acrescentando-se o som do 'jingle' que evoca as trilhas sonoras de filmes dos anos 60. É prazeroso ver o uso de sintetizadores rudimentares nas produções assim como se fazia nas décadas passadas, a meu ver esses elementos deram um charme especial à essa produção. O álbum inteiro é, como disse o crítico
Jean-Éric Perrin, água pura, insidiosamente estúpido, mas adorável, cheio de efeitos, de sons e jingles realmente encantadores. Eu destaco algumas faixas em especial, Sacré français, Reveries, Dirty Larry(edit), Very stylish girl, Un world mysterieuse e a empolgante Souvenirs de Paris que nessa versão do disco vem como Hidden track(faixa escondida) na faixa 19, Epiloque, cerca de 2 minutos e meio, mais ou menos, a música recomeça. Ficou ótima essa finalização do disco. Pessoal, perdão pela demora na atualização, mas achei muita informação sobre o Dimitri e tive um trabalhão para sintetizá-la, se mais quiserem saber, visitem: 9Ingl.) http://en.wikipedia.org/wiki/Sacrebleu_%28album%29 ou (Fra) http://fr.wikipedia.org/wiki/Dimitri_from_Paris


Vocês poderão baixar o Sacrebleu aqui

Deleitem-se com o Vídeo da música Sacré Français, muito divertida :D




quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Etienne Daho - Eden [1996]

Oi pessoal! Faz tempo einh!? Pois é, mas eu não morri não ^^ dei aquele tempo necessário. Espero ter bastante disposição e tempo para atualizar esse espaço que criei com poucas expectativas e de repente se tornou bem acessado, cheio de seguidores. Estou muito feliz pela receptividade, agradecido por demais pelas mensagens de incentivo e pelos depoimentos de gente empolgada pela descoberta do idioma francês oferecer música de tão boa qualidade e variedade pouco imaginada pela maioria.
Então vamos a descrição de mais uma experiência positiva no mundo da música francesa/francófona? Bem, dessa vez vos trago um velho conhecido das terras de Edith Piaf, precursor de uma mistura proveitosa entre pop e new wave. Um velho personagem da canção francesa, Etienne Daho, com seu empolgante Eden.
Como vocês puderam perceber no título da postagem, esse disco já tem mais de uma década de vida, mas achei bem atual, com qualidade de produção, letras bem escritas, arranjos, instrumentação de primeira. Gravado na primavera de 96 em Londres, Eden é o 6º trabalho de estúdio do Etienne que conta com um total de 12 discos lançados até hoje, além de vários álbuns ao vivo, Eps, singles e uma considerável lista de The Best(Compilações). Aja dinheiro pra adquirir tudo :)
Apesar de receber a condecoração de Disco de Ouro no ano seguinte, 97, esse trabalho é considerado um disco de pouca receptividade comercial. Uma pena, um material de qualidade realmente, cheio de participações interessantes como Astrud Gilberto na faixa Les Bords De Seine, Sarah Cracknell que participa da faixa Les Passagers, Elli Medeiros na faixa Me Manquer, primeira música do Daho que eu ouvi, graças à uma compilação do Instituto Cavilam, e que também colabora com a faixa Rendez-Vous Au Jardin Des Plaisirs e por último Lyn Byrd que participa nas faixas Un Serpent Sans Importance e Me Manquer.
O Daho escreveu todas as letras do CD mas contou com a co-participação de nomes competentes como Arnold Turboust, Andy Wright, Nicholas Dembling, Alan Whyte e a própria Astrud Gilberto, brasileira para aqueles que não conhecem, canta partes em português em Les bords de Seine. Esse pessoal todo fez um trabalho memorável. Ah, não posso esquecer que 4 singles foram lançados para promovê-lo,
Au commencement, Me manquer, Les Bords de Seine et Soudain. Gostei de todos.
O Daho é classificado como Pop/Chanson/New wave, como falei antes, esse último estilo musical é realmente bem presente em várias faixas do CD como Rendez-vous au Jardin des plaisirs, Les passagers e Des adieux très Heureux. Les Passagers é mais lenta, porém ainda bem eletrônica, todas fantásticas, mas temos baladas clássicas também como Soudain e Timide intimité e a surpreendente Quand tu m'appelles Eden. Esse disco foi um marco na carreira do Daho, e eu entendo bem porque, após algumas audições, apesar de ter vendido pouco, tem o que interessa, qualidade. Muito bem produzido, competentemente mixado pelo Mark Stent, cheio de sutilezas, sussurros, a voz possante e grave de nosso intérprete, com uma assinatura inconfundível, orquestração marcante, sem contar com uma certa atemporalidade, muitos diriam que esse disco foi produzido recentemente, bom demais, acho que vou comprá-lo para minha coleção de discos franceses XD! Recomendo-vos portanto, ouçam-no r espero que aproveitem tanto quanto eu. Abraços.


Vocês poderão baixar esse disco Aqui


Confiram o clipe de Au commencement, uma de minhas preferidas.