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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Uma mensagem de fim de ano

Caríssimos(as) estou em débito com vocês, mas essa semana inda trarei-vos novidades da música francófona, com certeza. O mês de dezembro foi muito cheio e eu fiquei devendo umas postagens pelo fim de ano, aguardem-me!
A todas(as) muitas felicidades e realizações no ano vindouro. Abraços!!


sábado, 27 de dezembro de 2014

Various - Viva la France[A mixtape by Matt Reyes] [2009] CD - 179

E aí pessoal, desculpem a demora, mas 2014 foi cheio por demais! Trabalho e mestrado acabaram com meu tempo, então vamos correr atrás do prejuízo.
Já que o 2014 teve poucas postagens estou aqui trazendo uma última pra fechá-lo bem com chave de ouro. Trago-vos então uma pequena compilação que eu achei num blog a alguns atrás e que tava pedindo pra ser postada aqui.
"Viva la France" é uma coletânea de canções francesas contemporâneas, elaborada por um blogueiro americano, o Matt Heyes. Eu gostei muito, repleta de clássicos realmente vale a pena ouvir. 
"Le vent nous portera", interpretada pela banda de rock alternativo Noir Désir, é a primeira das canções escolhidas. Essa música fez sucesso no ano de 2001 e conta com a colaboração e a bela guitarra do Manu Chao, outro nome conhecido nas paradas francesas que dá seu toque todo especial. Em seguida temos a Coralie Clement com a conhecida "Samba de mon coeur qui bat", do album Salle des pas-perdus, totalmente inspirada na bossa nova, suave e cadenciada, nos leva por um mundo de mistura cultural, muito boa, recomendo. "Les larmes" uma de minhas preferidas nesse mixtape, é belissimamente interpreta pela Pauline Croze, um dos hits de 2005, ano de lançamento de seu primeiro disco, que leva seu nome, 'Pauline Croze[2005]', uma música tocante, gosto demais. E nossa sugestão musical segue com outro grande hit, Ondulé, do caricato, mas não menos talentoso, Mathieu Boogaerts. essa música, pasmem, apesar da roupagem com cara de dias atuais, foi inicialmente lançada em 1995, e se tornou um dos singles de seu primeiro disco, Super[1996]. Um clássico que eu só conheci graças às compilações do Putumayo. Boa demais, dançante e criativa.
Seguimos pelo caminho da canção agora com a bela "La forme et le fond", hit da cantora isrealense radicada na França, Karen Ann. Essa música é uma das faixa do disco Nolita[2004], Com voz de tonalidade frágil, com uma tonalidade sombria que lembra desilusão, gostei, ficou como se diz, 'tão francês', muito agradável. E para terminar temos a cativante "C'est plus pareil", última canção de nosso mixtape, é interpretada pelo grupo de  de pop-rock Holden, nome inspirado no personagem do escritor americano J. D. Salinger. Esse pessoal, que durou um tempo cantando em inglês lá na irlanda, traz um som que mistura pop, rock, jazz e por aí vai.  Essa faixa faz parte do segundo disco do Holden, que é mais rock, com várias influências visto seu nome latino Pedrolira[2002] que conta com a mixagem do músico e produtor de origem alemã, residente no Chile, Atom. Uma música leve, tocante, realmente uma excelente descoberta. 
É isso pessoal, espero que gostem e aguardem novas postagens. 5 estrelas para o nossa coletânea ;-)


Baixem o Viva la France Aqui

terça-feira, 15 de julho de 2014

Anggun - Echos [2011] CD - 178

Eita que quase esqueço de meus compromisso aqui pessoal. Desculpem a demora em atualizar. Estive preso com a seleção preso mestrado e com o trabalho e desde então, com o início das aulas fui me acomodando e deixando pra lá, acabei de que atrasando demais e haja atualização pra fazer. Mas vamos lá!
Trago-vos caros(as) amigos(as) nesse poste uma figura já publicada em nosso blog, a Anggun com seu último lançamento Echos(Versão francesa), um disco que eu indico, valeu a pena.
Echos possui uma versão anglófona em contra parte, um esquema bilíngue que segue a Anggun ao longe de sua carreira, tanto em francês quanto voltada aos falantes de línguas inglesa.
Apesar de ser uma celebridade na Indonésias, sua terra natal e possuir bastante notoriedade nas terras de Beaudelaire, com algumas canções bastante conhecidas, Anggun não tem reconhecidamente um estilo musical próprio, ela sempre canta tendências pop, digamos assim.
Lançado em 7 de novembro de 2011, Echos traz um pop mais adulto do que o conferido em outros trabalhos da artista, digamos assim e uma sonoridade mais calma, mas tranquila.
O primeiro single "Je partirai" é um título pop que segue uma vertente melancólica e dá o tom do álbum. Já no segundo hit lançado, "Mon meilleur amour ", ela nos apresenta uma faixa revestida com sons irlandeses, bem interessante.  Anggun vem trabalhando com uma grande equipe de produtores, compositores que rende-lhebons trabalhos, equipe essa que inclui nomes como Pierre Jaconelli, Vincent Baguian, Jean-Pierre Pilot e William Rousseau, dois compositores da famosa Ópera Rock, Mozart.  

O disco conta com textos bem elaborados , como nas faixas "Psychomaniaque" e "déracinée"
e um belo jogo sinfônico em "Promets-moi le ciel", uma canção marcante, composta por Axel Bauer. "L'année du serpent" é outra faixa na mesma linha que se destaca no álbum. Façlando da voz da Anggun em especial percebe-se que ela está mais contida nesse trabalhosem aqueles agudos agudos e notas altas tão comuns de outras épocas. Ao falarmos de temas explorados em Echos, posso dizer que existe uma certa variação, e que se voltam ao público feminino, como as cápsulas de efeito placebo e planos com menus pós-ruptura de relacionamento "Je crois en tout, preconceitos na faixa "L'etiquette", e por último, o pudor dos sentimentos em "J'ai appris le silence". Para os adeptos de Anggun versão original ele disponibilizou nessa versão 3 músicas em inglês, para lançamento em sua terra natal, a Indonésia. Eu aprovei o disco e essa Anggun mais leve e amadurecida, um verdadeiro Eco musical e intercultural. Abraços galera e curtam aí o trabalho da Anggun.




Se quiserem conferir Echos, baixem aqui


Confiram,o clipe da música "Je partirai" primeiro single desse álbum.

 

domingo, 8 de junho de 2014

Stromae - Racine Carré [2013] CD - 177

    

Um dos maiores artistas francófonos da atualidade, se não for o maior a nível de mundo. Madàmes et Monsieurs com vocês Stromae!
       Nosso artista ficou famoso em 2009/2010 com o Hit 'Alors on danse', uma música realmente pra ficar na história e assim que surgiam notícias sobre seu novo disco ficava a pergunta: Ele vai conseguir sobreviver e manter o sucesso? Sim, certamente o cara tem bala na agulha. Um verdadeiro empreendedor musical.
        E o que dizer de Racine Carré? Bem, um disco promissor. Lançado em 19 de agosto de 2013, esse disco marca a continuidade do artista mas com um ar renovado, o que prova que ele é um artista competente. Dessa vez seu trabalho apresenta influência da música africana, uma percussão pesada, assim como os ritmos de Cuba e a rumba congolesa. Ele explicou mais tarde em um depoimento que "queria adicionar esses sons que ouvia durante sua infância nas festas de família, mas sem cair no clichê de um retorno às raízes. "Amo a África, mas cresci na Bélgica ".
          Uma coisa é clara em Racine Carré, nele cada música nos faz vibrar de uma maneira particular, seja nas notas, seja na voz, ou pelas letras, Stromae nos transmite sensações de alegria ou de tristeza, às vezes melancolia, mas com um excelente desempenho. Embora os sons sejam em sua maioria eletrônicos, o que pode dar uma sensação de " um cd para dançar", temos sim um trabalho que como o anterior, possui um cenário pensado, um trabalho de pesquisa e um tanto de seriedade.
            Stromae, é o principal compositor do álbum que abrange estilos musicais como o hip-hop, o eletro e o world. O álbum oferece uma lista de músicas dançantes, mas seus textos abordam assuntos sérios ou contemporâneos, a exemplo, de 'Moules frites' canção, que na primeira audição, parece leve, mas quando analisamos um trecho dela temos: 'Paulo aime les moules frites, sans frites et sans mayooo',  "Paulo gosta das 'moules frites', sem fritas e sem maiô", que na letra original parece estar emn espanhol, em francês fica com o 'o' acentuado pelo circunflexo e na minha leitura se refere ao preservativo, que Paulo o personagem da música não usa e as frites, babatas fritas seriam as moças abordadas pelo mesmo, em outro momento dessa canção essa questão fica mais evidente, centrando-se no sentido das palavras, entendemos que se refere a AIDS, ou DSTs. 

            Os rappers Maître e Gims Orelsan colaboraram com a letra de sur le "AVF", que é a sigla de 'Allez-vous faire' ou em português 'Você vai para'. A faixa "Carmen" é uma adaptação da canção 'L'amour est un oiseau rebelle', (O amor é um pássaro rebelde), da ópera Carmen do compositor francês Georges Bizet.
     Racine Carré aborda temas como a alienação causada pelas redes sociais, incluindo o Twitter nessa mesma faixa, os fabricantes de cigarros e o câncer na faixa "Quand c'est", os problemas entre os casais em "Tous les mêmes" e "Formidable", as relações entre os povos a nível Norte-Sul, que são abordadas em "Humain à l'eau", os excessos  em "Ta fête, último single lançado e "Sommeil", uma de minhas preferidas. Um dos grandes hits do disco é  "Papaoutai", canção-single que rendeu excelente repercussão à esse disco, apresentando-o ao público. Essa canção evoca a questão do pai ausente.

Ainda falando de "Ta fête", 1ª música do disco, joga com o duplo sentido da expressão. Ela se encaixaria como resultado de "Alors on danse" hit do antigo CD que descreve o que acontece uma vez que a festa acabou e ele tem que enfrentar a realidade do quotidiano. Essa música é contagiante e a batida electro se mistura à guitarra africana, boa demais. Tão boa que virou o último single do CD e conseguiu representar a Bélgica como hino nacional da Copa de 2014 naquele país.  Uma forma excelente para divulgar esse single.
           Seguido a análise do disco, nos deparamos com Bâtard(bastardo em português), faz referência a Jacques Brel quando ele canta "Haa, perdão, o senhor não toma partido",  Ele denuncia a falta de um posicionamento e das divisões da sociedade em 'castas' evocando o racismo, assim como a homofobia e o sexismo. No refrão, ele continua: "Nem um nem o outro / Bastardo, você é, você foi, e continuar a ser/ Nem uma coisa nem outra, Eu fui, eu sou e continuarei eu mesmo. "
          O título do álbum se justifica, segundo o próprio Stromae como significando 'Racine', raiz e 'carrée', quadra, raiz quadrada então, ao mesmo tempo que faz referencia aos números, ao digital, à contagem numérica de nossos tempos e seu gosto pelas formas geométricas. Segundo ele, "fazer música é como fazer contas". 
          Bem interessante! Bem pessoal, é isso. Confiram Racine Carré e digam se realmente valeu a pena. E como avaliação final vos digo, que foi muito bom beber dessa mistura, cada vez mais rara nos dias de hoje que esse disco traz, principalmente quando avaliamos essa música pop insípida e peculiar da atualidade. Stromae é realmente um maestro, um artista com um talento inegável, capaz de nos fazer vibrar com treze diferentes maneiras, em treze faixas.
           Ele nos dá prazer em ouvir música eletrônica, com instrumentos reais, cantada em francês, um 'a' mais' num cenário musical dominado pelo inglês. Para mais novidades visitem seu site oficial Aqui ou seu Facebook oficial Aqui. Abraços do Monsieur Ribah ;-)


Confiram Racine Carré Aqui


Deem uma conferida em Papaoutai







quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sobre os Downloads

Caros leitores e leitoras nosso blog está de volta como muitos já sabem e minhas preocupações voltam também. Momentaneamente estou testando o 4hared e os cds estão sendo upados com apenas a numeração do disco postado. O arquivo do mesmo jeito. Mas quando vocês extraírem o arquivo do winrar a pasta constará com o nome do disco e do artista. Espero que dessa forma eu não tenha mais problemas. Tenho 176 discos disponibilizados no blog, mas como a maioria deles foi perdida por conta das infrações e da pena por upar material protegido eu perdi quase tudo. Por isso terei de pouco a pouco disponibilizar esse material todo, pelo menos tentarei. Agradecido pela paciência e bom dia pra vocês todos(os)s.



sexta-feira, 30 de maio de 2014

Indila - Mini-Wold[2014] [CD 176]

Salut tout le monde! Monsieur Ribah de retour! o/ Vamos a nossa primeira postagem!
Caros leitores, je vous présente "l'enfant du monde", Indila!
Escolhi-a como postagem de retorno pessoal porque achei seu trabalho bastante relevante pra um recomeço. Mini-World é o primeiro disco desta que figura entre os artistas pop da atualidade francesa e sim eu gostei muito do dito cujo!
Nossa jovem de cabelos compridos chama-se Adila Sedraia e é sim francesa de origem, porém com ascendência indiana, cambojana, egípcia e argelina. Como ela mesma se define, "Uma criança do mundo'. nascida ainda nos anos 80. Influenciada por estilos musicais como o R'n'B, o rap e rilha sonora de filmes de Bollywood, Indila começa sua carreira no mundo da música em colaborações com vários artistas como OGB, Rohff, Soprano, TLF, Nessbeal, The Algérino, DJ Abdel ou Youssoupha. De início como compositora, assinando suas composições já como Indila.
               E o que dizer sobre  Mini-World? Bem, uma trabalho bem produzido, misturando elemento de uma música pop bem contemporânea, temas interessantes, elementos de músicas do oriente e  vocais pra lá de bons, ah e o recurso de outras línguas como Inglês e Hindi, apesar do Francês predominar. Indila construiu muito bem seu pequeno mundo musical, admito.
                 O disco começa com a faixa "Dernière danse", primeiro single, lançado em pleno 13 de novembro, meu aniversário, oia que riqueza! Pois é, boa escolha para um lançamento, essa faixa já conquistou assim que tocou nas rádios francesas e traz em sua ambientação antiga um 'q' de originalidade, um chame de  cartão postal, justo a esses elementos, a voz de início frágil e depois forte e imponente da Indila. "Tourner dans le vide" foi o segundo single e já traz uma roupagem mais oriental auxiliada pela voz exultante e mais agressiva da Indila que lembra músicas típicas do oriente médio. SOS é o terceiro single que será lançado ainda e traz a colaboração do rapper Youssoupha que em dupla com nossa cantora traz uma atmosfera mais sonho romântico. Com sua voz pequena, cheia de ecos ela nós lança um "SOS", mostrando vulnerabilidade. A interpretação é realmente um dos pontos fortes da Indila. Acompanhada por uma guitarra onipresente, ela oferece aqui uma bem-sucedida e calibrado título para tocar nas rádios. Grande potencial essa faixa tem, uma dos melhores do disco.
             "Comme un bateau " é a próxima faixa e nela vemos aquela atmosfera sombria e misteriosa dar lugar a uma roupagem mais acústica e uma melodia cativante. "Run Run", faixa 6 segue no ritmo do sucesso com um ritmo e uma batida envolventes, com uma sonoridade bem urbana, me fascinei por essa música que fala da correria diária nossa para sobrevivermos neste mundo capitalista, Gostei num nível 100%.  "Ego" é a próxima faixa, meio sombria, ela começa com uma batida totalmente 'They don't care about us" do Michael Jackson, uma música forte, com ares cinematográficos que nos impulsiona com uma refrão bem "Nós somos o mundo", agradou-me bastante.
                  Seguindo a análise do disco temos a próxima faixa "Boite en argent" canção ambientando uma "love story", aqui revive a melodia "boîte à musique". Classificada no estilo 'variedade', "Boite en angent" é uma canção na qual a autora lamenta a perda de seu grande amor. "Tu m'entends pas", próximo título do disco, negligencia a atmosfera dos singles para mostrar um estilo pop-folk acústico, que flui em um ritmo diferente do que foi oferecido no disco até agora, valeu pela diferença. O jogo de voz em seus versos e refrões os torna cativantes com as repetições
                        E chegamos à última faixa, Mini-World. Com ar cinematográfico poderia muito bem encerrar nos créditos de alguma película.Uma faixa com produção épica, one a cantora utiliza sua voz soando como uma névoa que se dissipa. Uma viajem! Aqui ela se vê naquele onirismo das primeiras faixas e fala de seu desejo de cantar e de escapar da realidade. Ela se despede e nesse 'mini-mundo' onde ela se conforta, fecha o disco. 
                       Para um primeiro álbum, "Mini-World" é sucesso, bem produzido, dirigido por uma voz inebriante e corais que dão ao trabalho uma dimensão épica. A música pop atual precisa de uma melhorada. Um disco com muitas influências que mantêm sua originalidade, vale a pena ouvir.

 
Mais sobre a Indila? Vão para sua página virtual oficial ou no Wikipedia clicando aqui.


Para nossa artista, ela mandou muito bem nesse trabalho. Aprovei.


Pessoal o link pro CD tá AQUI

Vídeo de Dernière danse para vocês conferirem ;-)






De Volta pessoal!!! Nous sommes de retour ^^


Pois é gente voltei! Fiquei com muitas saudades daqui e depois de muito refletir e refletir, medir, pensar, receber mensagens de apoio para que eu voltasse, ponderei e decidir encarar esse espaço mais uma vez. Espaço esse que faz parte de mim. Eu achei que havia fechado um ciclo, e fechei, mas o MF é mais que isso, eu me dei conta que o blog era parte de mim e era importante atualizá-lom esmo que não com tanta frequência. Pode ser que um dia eu venha a fechá-lo definitivamente, mas no momento a vontade que tenho é de prosseguir com esse espaço que tantas alegrias e contatos me proporcionou.
Atualmente ando me engajando na vida acadêmica e música e sala de aula é um dos temas que venho estudando, isso aqui não poderia ficar de fora. Decidi reativar o espaço que nunca foi fechado realmente, especialmente porque muitos pediram que eu mantivesse os textos on-line. Então o fiz. Pois é mes ami(e)s MonsieurRibah está de volta ;-) e já preparando a próxima postagem. 

Abraços em todos(as) e até ;-)