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domingo, 27 de março de 2011

Stanislas - Carnets de Vigie [2010]

Uma brisa suave, uma profusão de sons e melodias encantadoras, um drinque dos mais refinados, pronto para ser saboreado pelos ouvidos mais sensíveis, apreciadores de boa música. Esses são apenas alguns dos adjetivos que posso usar para denominar o último disco do nosso querido Stanislas, uma prova da sensibilidade de um verdadeiro artista.
Após o sucesso de vendas e crítica de seu primeiro disco, "Equilibre Instable[2007]" com mais de 250.000 cópias vendidas, temos aqui, "Carnets de Vigie[2010]" que podemos traduzir como "Os diários da vigilha".
Produzido em colaboração com Pierre Jaconelli, Stanislas também assina os arranjos e a direção orquestral deste trabalho. Os textos são assinados por ele e Amaury salmão (
Le manège, La débâcle des sentiments do 1º álbum) como também Mike Ibrahim e Alana Filipe.O álbum inclui dois duetos: "Tu verras en France", com Mike Ibrahim e "Sensiblement Modifiés" com Beatriz Rozen (atriz cujo último filme, "2012" com John Cusack, dirigido por Roland Emerich, foi lançado em novembro de 2009). Temos aqui uma mistura agradável de Chanson, música pop e orquestra que nos leva ao universo paradisíaco da arte verdadeira, cheia de emoção, de trabalho duro e de qualidade. Carnets de Vigie lembra muito o álbum anterior, mas tem cara própria, mantendo a marca Stanislas certamente. Eu gostei, bastante. Ele estabelece um estilo voz angelical, uma melodia entre o Pop e o Clássico, uma síntese de pulsão binária( um rítmo crescente) e harmonias suaves, além claro dos instrumentos de corda, alimentando com graça esse novo trabalho.
Falando especificamente das faixas, raras não agradam totalmente.Eu destaco "Ondine" introduzida por um interlúdio belíssimo, tem uma orquestração renascentist
a, bela, suave, encantadora, o uso das cordas ficou incrível. "Fou d'Elle", já mais pop-rock, é outra pérola que merece destaque, um tanto comercial, ainda figura no Hall da sofisticação, unindo o clássico e atual muito , muito bem. "Tu verras en France" (segundo single do disco, com pouca projeção), não me agradou muito, tem um ar pesado de melancolia, apesar do belo violão e mesmo com a participação do Ibrahim, eu passo. Em seguida eu destaco "Au sud du Ciel", simplesmente extasiante, um registro mais eletrônico, porém não deixado só, guiado por um violoncelo inebriante, além claro do refrão e da própria melodia, realmente gostei dessa faixa. "Le Gendre Ideal" é a próxima faixa que me encantou, com um ar Laurent Voulzy inegável, possui um ritmo alegre que nos toca e nos leva às nuvens e a um céu claro e azul. Maravilhosa. "Je laisserai la vie se faire" acalma com uma sonoridade e arranjos perfeitos. O orquestral constrói todo encanto dessa faixa, além da belíssima letra, pura poesia. Como dizem os franceses, c'est Enorme! "Wonderland", é uma alusão ao Lewis Carroll e seu Alice no País das Maravilhas, livro de cabeceira de várias gerações, contempla argumentos convincentes. Que música linda, melodia, letras e arranjos esplêndidos!! Ah! Não posso esquecer de "Ma belle eve", com melodia tocante, arranjada com belas guitarras, traz belas letras, além de vocais femininos ao fundo, apenas um canto sem letra, mas belo, muito belo. A bela Eva que chama atenção do Stanislas, lhe aflora os sentimentos "na sua brancura lê-se o brilho, como morrem as lágrimas, de alegria, ela parece distrair-se em lamentos voláteis e pensamentos inúteis", (tradução minha de um trecho da canção).
E por último falo de "sensiblement modifiés" em duo com Béatrice Rozen fala da diferença entre o androide e a mulher, fechando com chave de ouro essa produção de alto nível que conduz nosso intérprete ao circulo fechado dos criadores, nos oferecendo jóias incessantemente lapidadas.
Conheçam mais do Stanislas aqui: http://stanislasmusic.artistes.universalmusic.fr/



baixem Carnets de Vigie Aqui

Ouçam Carnets de Vigie e tenham uma idéia do trabalho do Stanislas



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