Pages

terça-feira, 20 de março de 2012

Zazie - Made in Love [1998]

Oi pessoal, demorei mas aqui estou trazendo-vos mais indicações da música francófona. Sou completamente suspeito quando falo da Zazie, primeira indicação de março. Fui ouvindo-a de leve, e curtindo, pouco a pouco passei a apreciar suas canções, tanto pela produção, por sua voz inconfundível e a forma como trabalha os temas escolhidos para seus trabalhos. Eu decidi que queria ter sua discografia, pelo menos em parte, original.
Parte de sua discografia se encontra aqui, e Mande in Love, não poderia faltar. Muito bom demais da conta!
Demonstrando ser completamente independente em seu trabalho, Zazie, na verdade, marcou sua carreira como uma artista de qualidade, esse trabalho prova isso.
Sendo seu 3º álbum de
estúdio, Made in Love foi lançado em 11 de maio de 1998 e foi produzido por Ali Staton, Pierre Jaconelli e pela própria Zazie, alcançando a marca de 400. 000 exemplares vendidos. Letras e música quase exclusivamente compostas pela Zazie à exceção de "Chanson d'ami", escrita por Phil Baron, muito bonita.
Neste trabalho temos um reforço na consolidação de sua carreira com
um álbum de som mais rico e mais profundo que os anteriores, bem sucedidos entretanto. Temos canções mais tristes, escuros e vibrantes como a canção-título, assim como canções mais suaves a exemplo de "« Ca fait mal et ça fait rien », que por sinal teve o vídeo censurado pelo CSA. Temos ainda "Tout le monde", faixa também controversa que eu conheci melhor através do DVD Rodeo Tour. Esta canção tornou-se um hino tecno-pop anti-Fn(Front National, partido de extrema direita de cunho nacionalista, fundado por Jean-Marie le Pen) e continua atual até os dias de hoje. Tous des anges é outro título de peso, suave, com um ar melancólico pra começar o CD bem "estilosamente". Eu gostei muito de Cyber, remixada no DVD Rodeo Tour, ficando mais interessante ainda.
O que fica claro é que a Zazie
construiu um universo real, todo seu, pleno de inovação, de experimentos e bem sucedidas criações. Sua voz frágil invade-nos e transmite a arte sincera, o artista verdadeiro que produz sem o controle das tendências mercadológicas que tanto matam a "arte verdadeira", criada com o coração.
Algumas curiosidades:
O álbum deveria 5 de maio, mas o lançamento foi adiado alguns dias para evitar sair ao mesmo tempo, como CD ao vivo do Pascal Obispo. O último sinal aqui nenhum título, mas, apesar disso, trabalhou em uma canção, a Amazone, que acabou por ser descartada.
Made in Love foi lançado em diferentes edições: uma edição normal, uma edição digipack e uma edição deluxe, incluindo a versão clássica do álbum clássico e a promo, tudo em uma grande caixa. O álbum também foi lançado no Japão.

Graças a
ele, Zazie tornou-se necessária em fins de milênio e por toda a extensão dos anos 2000, como um artista essencial da música pop francesa, com temas tão contemporâneos quanto a ecologia, a influência da internet, a mulher-objeto ou as guerras no norte da África. Um disco para se ouvir cuidadosamente.
Aproveitem é muito bom. MySpace da Zazie: http://www.myspace.com/zazieonline


Baixem Made in Love aqui.

Assistam ao clipe da canção Ça fait male et Ça fait rien.



9 comentários:

Anônimo disse...

Olá , eu procuro uma música ha muito tempo, não lembro a letra, mas no video clip a cantora aparecia submersa em água, com uns tecidos brancos, como se fosse numa farica e lembro que no final do clipe ela estava enlatada num super mercado e uns robôs comprando ela.

Ribamar Bezerra disse...

Caro(a) Anônimo
Não faço idéia de quem seja a artista. Não lembro de ter visto esse clipe :-/

Anônimo disse...

Acabo de descobrir o seu blog, mas é como se fosse um continente. Sim, a música francesa tem um significado especial para mim. Não que a descoberta desse continente tenha me trazido a fortuna. Não marca particularmente nenhum momento de minha vida: mega-sena ou fratura de um braço. Nem mesmo está associada no meu espírito a noites de namoro. É coisa minha mesmo, talvez por esse motivo a preze tanto. Quem me levou até a França pela primeira vez foi Bruel: Place des Grands Hommes. Ah!, Cabrel também: Petite Marie. Uma vez lá, em 1998, assisti, numa FNAC (Montparnasse, Camp-Elysées?, sei lá!) à apresentação de um estreante, justamente Alexandre Varlet. Com o tempo, por outras navegações, conheci mais nativos ou nem tanto: Art Mengo, Eicher... Espero, se admitido nessa casa, ops, nesse blog, voltar outras vezes. De todo modo, desde já, muito obrigado pela iniciativa. Passei momentos agradáveis aqui na sua casa.

Abraço,

Hiro Kumasaka
Brasília/DF
hkbrazil@gmail.com

Anônimo disse...

Faltou letra, faltou sentido: não houve revisão antes de mandar ver. Desculpe-me. Valeu! Abração

Ribamar Bezerra disse...

Olá Hiro,
seja bem-vindo amigo. Que bom que foi de seu agrado :-D
1 abraço e volte sempre!! :)

Anônimo disse...

eu sou o anonimo la do começo, achei a música ribamar revirando aqui seu blog, é bem antiga e é da zazie mesmo, rue de la paix. seu trabalho é otimo. Parabéns...

Ribamar Bezerra disse...

Olá Anônimo,
agradecido pelas palavras de apoio :-D
Boa noite

Karol Chock disse...

Gostei muito deste blog, entrei por acaso procurando mais sobre Gérald de Palmas que ouvi numa rádio francesa.
Je suis enchantée de vous connaître.

Ribamar Bezerra disse...

:-D Seja bem vinda Karol