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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Manau - Panique Celtique [1998]

Apresento-lhes hoje algo diferente,pelo menos diferente do que muito já postado aqui. Ouvi esse pessoal pela 1ª vez graças a minha estadia na Aliança Francesa de campina Grande a alguns anos atrás. Do material que recebemos, sendo parte dele Cds de música, acabei me deparando com cds de música celta francesa. O Manau é grupo francês de hip hop formado em 1998, conhecido por sua fusão de melodias tradicionais celtas com batidas hip hop modernas. Ele foi inicialmente composto por Tricoche Marciais, Soubiron Cédric, e RV (Hervé) Lardic até sua saída do grupo e substituição por Gregor Gandon. Embora a banda esteja atualmente sediada em Paris, todos os membros descendem da região da Bretanha. O nome do grupo vem do antigo nome gaélico Ellan Vannin.
No início da década de 90, Cedric trabalhava como DJ e programador na Skyrock e Martial escrevia letras inspiradas em lendas como o épico L'Epopée Celtique d'Irlande, um livro de Jean Markhale que conta a história da tribo de Dana, a filha de um deus irlandês. Finalmente, foi durante a gravação de um programa que Soubiron conheceu Lardic Hervé, apelidado mais tarde de RV, músico do grupo Média While. Nativo de Quimper, ele é apaixonado por instrumentos e música tradicional da Bretanha, toca baixo, acordeon, guitarra e piano.
Desse enontro dos Djs com RV nasce uma fórmula até então inédita, permitindo que o trio assine um contrato com a Polydor em 1998. Sua primeira canção de sucesso La tribu de Dana "A tribo de Dana" mistura de textos em forma de rap com a música de "Martolod Tri", do harpista e compositor Alan Stivell, infelizmente ele não apreciou o plágio e processou o grupo. O lançamento do single deu-se na Primavera de 98 e se tornou um sucesso instantâneo. Com o seu refrão cativante como slogan publicitário, já famoso há alguns anos. Promovido à "1ª canção primeira rap celtica", vendendo mais de um milhão de cópias. Enquanto isso, com o sucesso dessa lançamento, Manau compôs e gravou Panique Celtique, lançando-o em julho de 1998.
O grupo, embarca em uma turnê francesa e recebeu, em 1999, o prêmio Victoire de la Musique como álbum rap do ano. Mas como nem tudo são flores, apesar do sucesso o grupo não se encontra. Herve Lardic deixa o Manau, que maltratado pela inclusão de novos componentes, decide expandir seus horizontes musicais em 2000, com o álbum Fest Noz Paname. Esse trabalho é bem rico, musicalmente falando, contando com a participação de belos duetos com a Mauranne "La Poupé" e Dee Dee Bridgewater em "Je jazz les couleurs".
Tempos depois, o Martial Tricoche, dá um tempo no grupo para oferecer-se uma experiência solo e lança First Step (2003), logo depois ele afasta-se definitivamente da onda céltica para dedicar-se mais integralmente ao hip-hop. Destaca-se nesse trabalho uma notória reprise de "Le Métèque" do Moustaki.
Anos se passam, finalmente o Manau lança seu terceiro álbum, On peut tous rêver[2005]. Baseados na mistura de hip-hop groove e festiva dando menos ênfase nas influências célticas de outrora.
Este demonstrou ser o momento para o Manau encontrar seu público. Em 2007, Cedric Soubiron também sai do grupo, deixando Tricoche Marciais só para promover o lançamento do Best-of da banda, dez anos após o advento do rap celta, fórmula, que permitiu a seus três precursores originais, vender mais de três milhões de cópias.

Falando do Panique Celtique, álbum de estréia do grupo, observa-se a abordagem de temas como eventos épicos que têm por cenário a Grã-Bretanha e a mitologia Celta, contando as façanhas de um guerreiro da tribo de Dana. Vários aspectos da cultura celta aparecem em Les chant des druides, Le chien du forgeron assim como em Un mauvais Dieu, gostei muito dessa última, o falsete com as vozes no refrão e a batida hip-hop ficaram muito bem casados, dando aquele ar de mistério. Eu destacaria ainda as faixas Panique Celtique e La Tribu de Dana, muito carismáticas.
Outras faixas abordam fatos atuais, como o pacifismo, o absurdo da guerra e do racismo, como vêmos na canção L'avenir est un long passé. Pode-se notar que na maioria das canções o amor pela Bretanha é enfatizado várias vezes. O folclore bretão foi um tema substituído por outros mais universais, como a tolerância e a justiça.Eu não esperava curtir o trabalho dos bretões como curti, e indico certamente.Curtiram o Manau? Bem, mais deles aqui: http://www.manau.com/index2.html e http://www.manaufolie.com/
Se liguem que estão de CD novo ;-)


Peçam o link para o Panique Celtique via e-mail ok? Infelizmente tive problemas com a DCMA que regulariza direitos autorais e achei melhor retirar o link ativo do meu blog para não perder as postagens ok?
1 abraço a todos.

Confiram La Tribu de Dana, grande sucesso do Manau.

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