A cada postagem vivo dilemas reais, posto alguém já conhecido ou algo novo, de lançamento ou ainda inédito no blog? Bem, desta vez fiz uma pequena excursão pelo que já tinha e pelo que poderia ser interessante e aí, me direcionei pro Bertrand Betsch, que já estava em minha pasta de downloads e ainda não tinha ouvido direito, e vos digo com certeza que foi uma excelente escolha.O artista da vez é cantor, compositor e escritor de origem francesa, nascido em 12 de setembro de 1970.
Surgindo em fins dos anos 90, Bertrand não conseguiu de imediato a projeção merecida. Seu 1º disco foi lançado em 1997 com o título de La Soupe à la grimace (pela gravadora Lithium), e
m seguida, sai em turnê (França, Bélgica, Suíça, Espanha), depois de problemas com a voz ele volta ao mundo da música com seu segundo trabalho, lançado em 2001 com o título de BBsides, composto por canções covers, instrumentais e alguns títulos inéditos. Em 2004, ele muda de gravadora e lança seu terceiro trabalho, intitulado 'Pas de Bras, Pas de Chocolat'[2004] ( que poderia ser traduzido como "Sem braços nem chocolate") pelos selos / Virgin / EMI, sendo este bem aclamado pela crítica. Não é à toa que o escolhi para compor nosso rancking.

O que me agradou no Bertrand foi seu estilo que me soou inovador, mesclando um minimalismo sintético cujo ponto de origem seria, sem dúvida, a ondulação, e os impulsos mais festivos e tradicionais do Thomas Fersen, bem conhecido pela trilha sonora do filme Le Fabouleux Destin d'Amélie Poulin[2001], mas esse disco é realmente uma fanfarra musical repleta de estilos passando pelo Jazz e raggae, mas com uma certa coerência no final, bem agradável, com algum traço de psicodelismo, eu diria "Superbe'. Os textos deste álbum, são marcados por uma melancolia sombria, de início não ficou tão evidente, mas depois, pude perceber tal característica muito bem. O cinza aparece entre o colorido aparente das melodias. Não é à toa que um de seus livros chama-se La tristesse durera toujours[2007]. Eu destaco as faixas Pas de bras, pas de chocolat,
Les passe-temps,
Le lundi c’est maladie, e títulos bem evidentes diga-se por sinal. Bertrand Betsch é um nome pouco conhecido na nova cena francesa, pelo menos fora da França, seu discos posteriores marcaram uma considerável evolução, ele foi finalista no Prix Constantin em 2005, onde ele interpretou a faixa
Tournicotons, o que lhe rendeu certa notoriedade. Esse disco foi uma experiência considerável para meus ouvidos ávidos por novidades, os arranjos foram produzidos pelo próprio Bertrand e o Hervé Le Dorlot, e as letras por nosso competente intérprete, exceto as faixas 3/7/8/10/11 que contaram com a ajuda do Dorlot. 16 faixas sendo 12 inéditas e 4 versões: Pas De Bras, Pas De Chocolat (Version Disco), Music Don't Stop (título extra inédito que ficou junto às faixas versões), Les Petits Mammifères (Version Piano), Des Gens Attendent (Light Version), Temps Beau (Couleur Coquelicot). Ah, não posso esquecer de uma última consideração, como recebo muitos e-mails de aprendizes da língua francesa, aconselho o Bertrand por seu acento muito bom, claro, a pronúncia das palavras, a entonação muito bom também. Tá aí uma boa pedida musical. Ah esse tá de trabalho novo e chama-se
Le Temps qu'il faut pelo selo 03H50, data de lançamento 10 outubro. Querem saber mais sobre o Bertrand? http://www.bertrandbetsch.fr

Baixem Pas de Bras, Pas de chocolat
aquiConfiram uma pequena apresentação do Bertrand Betsch feita ano passado em Lyon. Depois uparei um vídeo com músicas desse cd, procurei muito, mas não achei, terei ode eu mesmo fazê-lo. :-) Merci
Bertrand Betsch - Concert Lyon 17.10... por cachardl