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sábado, 22 de novembro de 2008

Varios Artistas - Putumayo presents Québec [2008]

No mínimo interessante eu diria, descobri a série Putumayo graças a uma professora amiga minha (Josi je te lovo, d'accord?) bem recentemente, em minhas andanças pela net descobri alguns discos da coleção que são dedicados ao mundo francófono, resolvi escutá-lo, fiquei curioso, como professor de francês julguei mais que necessário conhecer o francês do Québec e pasmem surpreendi-me com a sonoridade do francês daquela região e com as muitas possibilidades do idioma, Tiguidou!? (significa "c'est d'accord" em francês standard, bestei!! :-O)
Alors... on y va! Bom é preciso falar um pouco do Québec ao apresentar este disco, visto que é pouco conhecido. Esta bela região canadense (em francês: Québec) é uma das dez províncias do Canadá. É a maior província do país, e a segunda mais habitada. Cerca de 24% da população do Canadá vive dentro dos limites da província. A maior cidade de Quebec é Montreal, que é também a segunda maior do país. Sua capital é a Cidade de Quebec. Cerca de 80% de sua população é descendente de franceses, em contraste com as outras províncias do país, cujos habitantes são em sua maioria descendentes de ingleses ou escoceses. A forte influência francesa, presente desde os primórdios da colonização do Canadá, torna a província sensivelmente diferente do resto do país. O francês é o único idioma oficial da província.
A colonização européia começou no século XV, quando os britanicos, e principalmente, os franceses estabeleceram-se pelo Canadá. Os britânicos não tiveram uma forte presença no antigo Canadá, instalando-se originalmente na Terra de Rupert, uma gigantesca área que posteriormente daria origem aos Territórios do Noroeste, Manitoba, Saskatchewan e Alberta, sendo que a região dos Grandes Lagos e do Rio São Lourenço, bem como a região que atualmente compõe as atuais províncias de Nova Escócia e Nova Brunswick, estivessem todas nas mãos dos franceses. A Nova França (Nouvelle-France) e a Acádia continuavam a se expandir. Essa expansão não foi bem aceita pelos iroqueses e, principalmente, pelos britânicos e os colonos das Treze Colônias, desencadeando uma série de batalhas que culminou, em 1763, com o Tratado de Paris, no qual os franceses cederam seus territórios da Nova França e da Acádia aos britânicos. Estes, que já então dominavam as imensas Terras de Rupert, que na época incluía também as atuais províncias canadenses de Alberta, Saskatchewan, Manitoba, bem como os territórios de Nunavut, Territórios do Noroeste e Yukon, passaram o Quebec Act, que permitiu aos franceses estabelecidos no antigo Canadá que continuassem a manter seu código civil e sancionou a liberdade de religião e de idioma, permitindo que a Igreja Católica e a língua francesa continuassem a sobreviver no Canadá até os dias atuais.
O francês quebequense é considerado um idioma, um vertente do francês, nada de dialeto ou crioulo, ele é distinto do francês padrão, mas ainda sim é francês, contando com particularidades causadas pelo afastamento entre colônia e colonizador, o francês de lá estacionou partindo daí sua progressão, digamos assim, enquanto o da frança tomou novos rumos, a pronúncia do Québec é um pouco seca digamos assim, sons abertos em muitas palavras, uma sonoridade que lembra nosso português com sotaque nordestino, escutando bem, parece viu, bom, eu tive essa impressão, me perdoem a observação, mas gostei!

Esta compilação lançada em em junho desse ano, em homenagem aos 400 anos da cidade de Québec, mostra canções típicas de lá, cheias de sua pronúncia bem particular e espírito patriota como pouco se vê, na verdade quando falamos de Quebec sentimo-lo, nós francófonos, como um lugar de inspiração, uma gente que lutou e luta para manter suas raízes culturais e línguísticas, que digam meu pobres ouvidos aos se espantarem com as muitas caras que o francês pode ter.
Aqui encontramos grandes nomes da música contemporânea do Québec, nada de jovens vozes cantando alguma coisa tipo Star academy ou rap, power-pop ou seja lá o que, é musica quebequense mesmo, com violino, violão, acordeon e tudo mais, indo do folclórico ao acústico, apresentando nomes como Mathieu Mathieu, com sua triste Cette ville, Martin Leon juntando acústico à guitarra bem harmoniosamente, Annie Villeneuve e sua voz suave em Un homme, nos mostrando uma batida bem animada e bem Québec, ah não posso esquecer do Florent Vollant, com sua pronúncia pra lá de divertida e única num folk animadinho embalado por uma gaita de boca e solo de guitarras bem colocado, ainda temos a Myreille Be em Il fait dimanche com uma cara toda brasileira, mais lembrando Mpb ou bossa, mas com uma voz madura e envolvente, La botin, ouhha pra lá de folclórico, parece aquelas polkas americanas, bom sem contar com Le vent du nord com Vive l'amour, que termina a nossa tracklist com arranjos e musicalidade similar a anterior, mas bem animadas, já consigo ver o salão cheio rs, ufa! É isso, Nota: 8 divirtam-se!Envoye-donc! (lorsqu'on veut convaincre quelqu'un de faire quelque chose en français québécois, ciel mon!! rs) quer conhecer mais o Québec, visite: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quebec


Link para o disco aqui

O link é meu mesmo, profitez-le!!

Vídeo do Mathieu Mathieu "Cette ville"


2 comentários:

Antonio Duarte disse...

Mesmo correndo risco se ser tsxado de antiguado, gosto de saber como chegamoa aqui. Piaff, Brel, e...

Ribamar Bezerra disse...

eheheheheheh esse Antônio :-)